Partido conservador lidera em pesquisas, mas resultado segue imprevisível. Coalizões buscam avanços em imigração e moradias.
A próxima eleição nacional na Holanda, marcada para o dia 29, apresenta aos eleitores duas opções distintas. Uma delas é o apoio contínuo ao líder de ultradireita, Geert Wilders, com o objetivo de reduzir a imigração. A outra opção reside no apoio aos partidos centristas, buscando soluções para as preocupações relacionadas à moradia e à segurança.
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A incerteza paira sobre o resultado, com a confiança no governo em níveis baixos desde a pandemia e metade dos eleitores ainda indecisa.
Partidos nacionalistas, como o PVV (Partido da Liberdade) liderado por Geert Wilders, estão ganhando força em outros países europeus, como o Reino Unido, a França e a Alemanha. Wilders, um admirador do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem liderado seu partido nas pesquisas.
No entanto, sua aliança anterior, embora tenha obtido sucesso nas eleições de 2023, não conseguiu formar um governo devido à recusa de seus parceiros em torná-lo primeiro-ministro. A crise que ele causou em junho, ao retirar o PVV da coalizão, resultou na renúncia do primeiro-ministro Dick Schoof.
A incerteza é evidente entre os eleitores. Jack Veerman, um pintor de 62 anos de Volendam, expressou sua hesitação, afirmando que as promessas de soluções impossíveis o impedem de tomar uma decisão. O governo anterior também foi criticado por não cumprir a promessa de um regime de imigração rigoroso e por não abordar a escassez de moradias.
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A preocupação com as emissões de nitrogênio, que prejudicam a construção e irritam os agricultores, também contribui para a incerteza.
O crescimento econômico caindo para zero e o aumento do desemprego alimentam a frustração dos eleitores. O Instituto de Pesquisa Social da Holanda apontou que “as pessoas acham que os políticos realizam muito pouco e estão principalmente preocupados consigo mesmos”.
A disputa pela liderança entre os partidos é acirrada, com o Partido Trabalhista-Verde, liderado por Frans Timmermans, em segundo lugar nas pesquisas. A polarização entre as propostas de Wilders e Timmermans reflete as diferentes visões sobre o futuro da Holanda.
A escassez de moradias é uma das principais preocupações dos eleitores, com a agência nacional de estatísticas estimando um déficit de 400.000 moradias em um país com 18 milhões de habitantes. Wilders tenta vincular a questão à imigração, argumentando que os cidadãos holandeses têm o direito prioritário à moradia.
Os democratas-cristãos defendem a rejeição mais rápida de pedidos de asilo, enquanto Timmermans propõe uma abordagem coordenada pela UE. A influência de políticas americanas, como as de Donald Trump, também é um fator a ser considerado, com eleitores indecisos expressando preocupação com medidas consideradas antidemocráticas.
As eleições na Holanda representam um teste crucial para o futuro da política europeia. A incerteza entre os eleitores, combinada com as diferentes visões sobre a imigração, moradia e a influência de políticas americanas, torna o resultado imprevisível.
A decisão dos eleitores terá um impacto significativo não apenas na Holanda, mas também em outros países que buscam soluções para os desafios da imigração e da economia.
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