Partido de Milei sofre derrota nas eleições em Buenos Aires

A eleição em Buenos Aires é vista como um teste para a eleição que ocorrerá em nível nacional na Argentina.

08/09/2025 9:01

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Argentine presidential candidate for the La Libertad Avanza alliance Javier Milei (L) celebrates with his girlfriend Fatima Florez after winning the presidential election runoff outside his party headquarters in Buenos Aires on November 19, 2023. Libertarian outsider Javier Milei pulled off a massive upset Sunday with a resounding win in Argentina's presidential election, a stinging rebuke of the traditional parties that have overseen decades of economic decline. (Photo by Emiliano Lasalvia / AFP)
Argentine presidential candidate for the La Libertad Avanza alli...

O partido do presidente da Argentina, Javier Milei, sofreu a derrota nas eleições na província de Buenos Aires para a oposição peronista neste domingo (7). O pleito ocorreu em meio a um escândalo de corrupção envolvendo sua irmã e aos piores índices de aprovação de seu governo. A eleição em Buenos Aires é considerada um teste para a eleição nacional, quando os argentinos irão escolher os parlamentares, em 26 de outubro.

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Com 94% das urnas apuradas, a coalizão Força Patriota, que representa o peronismo de centro-esquerda, obteve aproximadamente 47% dos votos, em comparação com os 33,8% do partido governista A Liberdade Avança (LLA).

A província de Buenos Aires, governada pelo peronista de centro-esquerda Axel Kicillof, detém mais de 30% do Produto Interno Bruto da Argentina e aproximadamente 40% do eleitorado nacional. As eleições determinaram a renovação de 23 cadeiras no Senado e 46 na Câmara dos Deputados da legislatura provincial.

Da sede de seu partido, em La Plata, a 50 quilômetros ao sul de Buenos Aires, Milei lamentou a derrota, mas afirmou que o resultado não alterará o curso de seu governo. “Hoje tivemos uma clara derrota. Mas não se retrocede nem um milímetro na política de governo. O rumo não apenas se confirma, mas vamos aprofundar e acelerar mais”, disse.

O governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, foi recebido com entusiasmo na sede da Força Patriota pelos apoiadores que afirmavam “Axel presidente!”. “Milei, o povo te deu uma ordem, não pode governar para os de fora, para as corporações, para aqueles que têm mais. Governe para o povo. Não se pode retirar financiamento da saúde, da educação, da ciência e da cultura na Argentina”, declarou Kicillof ao se referir à política austera de Milei, que deixou a maioria da população abaixo da linha da pobreza.

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A eleição ocorreu em meio à divulgação de um caso de corrupção envolvendo a irmã de Javier Milei, Karina Milei, que ocupa o cargo de Secretária da Presidência. No dia 19 de agosto, a imprensa argentina divulgou áudios nos quais o então titular da Agência de Deficiência (Andis), Diego Spagnuolo, assegura que a irmã do presidente recebia 3% das compras de medicamentos para deficientes.

O antigo funcionário alega ter informado Javier Milei e a secretária da Presidência sobre a suposta fraude. Em seguida, o Ministério da Segurança solicitou um mandado de busca e apreensão contra o canal de streaming Carnaval Stream e outros jornalistas e empresários envolvidos na divulgação dos áudios.

Karina Milei não se pronunciou publicamente sobre o assunto, enquanto Javier Milei rejeitou as acusações. “Tudo o que ele [Spagnuolo] afirma é mentira, vamos buscar a Justiça e provar que ele enganou”, declarou durante um evento de campanha em que manifestantes lançaram pedras contra a equipe presidencial.

Fonte por: Brasil de Fato

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