Paraguai Declara Facções Brasileiras como Terroristas
Na sexta-feira, 31 de outubro de 2025, o governo do Paraguai publicou um decreto que classifica as facções brasileiras Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. A medida, assinada pelo presidente Santiago Peña, visa ampliar os poderes das forças de segurança paraguaias no combate ao crime organizado dentro do país.
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O governo paraguaio alega que as facções operam no território nacional, envolvidas em atividades como tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro, representando uma ameaça significativa à segurança e à soberania nacional.
Com essa nova classificação, o Paraguai poderá implementar medidas de caráter militar e aplicar penas mais severas a membros e colaboradores dos grupos criminosos. A decisão representa um passo importante na estratégia do país para combater o crime organizado transnacional.
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Reforço da Segurança e Paralelo à Decisão Argentina
O ministro da Defesa, Óscar González, declarou que o decreto permite o uso das Forças Armadas em operações contra o PCC e o CV, especialmente em regiões de fronteira com o Brasil. O governo paraguaio também intensificou a vigilância em áreas estratégicas, buscando monitorar e neutralizar as atividades das facções.
Essa decisão segue um caminho similar adotado pela Argentina, que também havia classificado os grupos como organizações terroristas. A medida reflete uma tendência regional no combate ao crime organizado.
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Contexto Político e Debate Interno no Brasil
A decisão do governo paraguaio ocorre em um momento de intenso debate político no Brasil, onde a discussão sobre o enquadramento das facções como organizações terroristas está em evidência. O tema ressurgiu após um evento trágico, a mais letal ocorrida em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão (Rio de Janeiro), que gerou grande comoção nacional.
O governador Cláudio Castro (PL) tem defendido que o Comando Vermelho seja tratado como organização terrorista, devido à sua estrutura paramilitar e táticas de guerrilha. Essa posição é compartilhada por parte do Congresso Nacional, enquanto o governo federal está trabalhando na criação de um tipo penal de “organização criminosa qualificada”, com penas de até 30 anos.
