Papa Faz Apelo pela Paz no Líbano e Oriente Médio
Nesta segunda-feira (1), o Papa Leão XIV intensificou seus esforços pela paz, dedicando sua atenção à situação no Líbano e ao Oriente Médio, em seu segundo dia de visita a um país marcado por pluralidade religiosa e uma grave crise. A chegada do pontífice gerou grande entusiasmo entre a população libanesa, que enfrenta o temor de um novo conflito aberto, agravado pela intensificação dos ataques israelenses contra o território libanês nas últimas semanas.
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O governo libanês enfrenta pressão para desarmar o Hezbollah. Durante a visita, o Papa Leão XIV visitou o mosteiro de Annaya, nas montanhas ao norte de Beirute, onde se encontra o túmulo de Charbel Makhlouf, um monge maronita canonizado em 1977, conhecido por sua capacidade de unir diferentes comunidades religiosas.
Milhares de fiéis receberam o Papa com aplausos e jogaram arroz em sinal de alegria, enquanto o papamóvel seguia o caminho até o mosteiro. Dentro do local, iluminado por velas, o pontífice expressou o desejo de paz para o mundo, com foco no Líbano e no Oriente Médio.
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No domingo (30), o Papa Leão XIV incentivou os libaneses a permanecerem em seu país, considerando os desafios econômicos, sociais e políticos que o país enfrenta desde 2019, que resultaram em uma significativa emigração.
Elias Abu Nasr Chaalan, um joalheiro de 44 anos e pai de dois filhos, destacou a necessidade de esperança e união entre os libaneses, ressaltando o papel do Papa Leão XIV em aproximar as autoridades e líderes religiosos do país.
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O Papa Leão XIV chegou da Turquia no domingo, na segunda etapa de sua primeira visita ao exterior como pontífice. Após a visita ao mosteiro de Annaya, discursou para os bispos e o clero no santuário de Harissa, também no norte de Beirute, que abriga uma gigantesca estátua de Nossa Senhora do Líbano.
O Papa também celebrou um evento inter-religioso na Praça dos Mártires, no centro de Beirute, antes de se reunir com jovens na sede do patriarcado da Igreja Maronita Libanesa, em Bkerke, nas imediações da capital.
As autoridades decretaram feriado nos dias 1 e 2 de dezembro, reforçando a segurança, fechando estradas e proibindo fotografias com drones. Milhares de pessoas saíram às ruas no domingo para saudar o pontífice, apesar do tempo instável.
O Papa Leão XIV fez um apelo aos governantes para que assumam o “compromisso e a dedicação ao serviço” do povo libanês. Ele defendeu a reconciliação em um país cuja guerra civil (1975-1990) deixou feridas que não foram cicatrizadas.
“A paz é saber como conviver juntos, em comunhão, como um povo reconciliado”, declarou o Papa, que lembrou o “êxodo de jovens e famílias que buscam um futuro em outro lugar”.
Apesar da ausência de números oficiais, o centro de pesquisa independente Al-Doualiya calcula que 800.000 libaneses deixaram o país entre 2012 e 2024. A população atual é estimada em 5,8 milhões de habitantes, incluindo mais de um milhão de refugiados sírios.