Papa Francisco denuncia “massacre contínuo” de Israel e lamenta sofrimento palestino
Secretário de Estado da Santa Sé critica sofrimento do povo palestino e lamenta falta de ajuda internacional no conflito.

Cardeal Parolin Condena “Massacre Contínuo” em Gaza
O principal diplomata do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé, emitiu uma forte condenação à situação na Faixa de Gaza, classificando-a como um “massacre contínuo” e uma das mais veementes críticas da Igreja Católica à guerra entre Israel e o Hamas até o momento.
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As declarações foram feitas em uma entrevista ao jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, na véspera do segundo aniversário dos ataques do Hamas contra comunidades israelenses. O cardeal Parolin descreveu os ataques como um “massacre desumano” e alertou sobre o crescente antissemitismo, referindo-se a ele como um “câncer”.
Parolin enfatizou a importância de evitar que o “mal” que levou ao Holocausto se repita, ressaltando a necessidade de vigilância constante. Ele também expressou preocupação com a impotência da comunidade internacional diante do conflito e a falta de ação de países com capacidade de influenciar a situação.
O cardeal destacou que diversas vozes no mundo judaico discordam da forma como o governo israelense tem operado em Gaza e na Palestina. Ele ressaltou a importância do diálogo e da busca por soluções que garantam a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos.
A guerra na Faixa de Gaza iniciou-se em 7 de outubro de 2023, após o ataque terrorista do Hamas contra Israel. Mil duzentos e vinte e um indivíduos foram mortos e 251 reféns sequestrados. Em resposta, as forças israelenses lançaram uma ofensiva em larga escala, envolvendo bombardeios aéreos e operações terrestres, com o objetivo de resgatar os reféns e neutralizar o comando do Hamas.
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Os combates resultaram na destruição generalizada do território palestino e no deslocamento de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, representando mais de 80% da população de Gaza, conforme dados da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos). Até o momento, pelo menos 65 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, embora a contagem não faça distinção entre civis e combatentes do Hamas.
A situação humanitária em Gaza se deteriora a cada dia, com a fome generalizada devido à falta de acesso à assistência. Israel afirma que a resolução do conflito depende da rendição do Hamas, enquanto o grupo radical exige melhorias nas condições de Gaza para que o diálogo seja retomado. A busca por soluções permanece complexa e urgente.