Ouro Atinge Novo Patamar Histórico
O ouro alcançou um patamar inédito nesta quarta-feira, 8, ao superar pela primeira vez os US$ 4.000 por onça — cerca de R$ 21.360,00. A valorização de 1,3% ocorre após investidores irem em busca de proteção diante das incertezas econômicas globais. O movimento reforça o papel histórico do ouro como porto seguro em tempos de turbulência, já que o metal, por sua solidez e escassez, mantém-se há milênios como símbolo de valor e estabilidade financeira.
Estoque Global de Ouro
Até o final de 2024, a humanidade havia extraído aproximadamente 216.265 toneladas de ouro ao longo de toda a história, de acordo com o World Gold Council. Para dimensionar esse volume, se todo o metal fosse derretido e moldado em um único cubo, ele mediria cerca de 22 metros de lado. A instituição também estima que cerca de dois terços desse total foram retirados do solo somente a partir de 1950, quando avanços tecnológicos impulsionaram o aumento da mineração. Vale destacar também que, devido a característica quase indestrutível do ouro, praticamente todo esse volume ainda existe em alguma forma acima do solo.
Distribuição do Estoque
Atualmente, a distribuição do estoque global é:
- Joias – 97.149 toneladas (45%)
- Barras e moedas – 48.634 toneladas (22%)
- Bancos centrais – 37.755 toneladas (17%)
- Outros usos (tecnologia e odontologia) – 32.727 toneladas (15%)
Quando o Ouro Vai Acabar?
Segundo o World Gold Council, as reservas economicamente viáveis para extração somam cerca de 54.770 toneladas, considerando a tecnologia atual e fatores ambientais. Já os recursos totais — que incluem depósitos com diferentes graus de viabilidade — chegam a aproximadamente 132.110 toneladas. Diante desse cenário, embora não existam estimativas concretas sobre quando o ouro vai acabar, é entendido que o metal é um recurso finito. Com uma produção anual que varia entre 3.000 e 3.500 toneladas, e considerando apenas as reservas conhecidas e viáveis, uma conta simplista sugeriria algumas décadas de extração.
Principais Produtores Mundiais
A China lidera a extração global, respondendo por 10% da produção total em 2024. Veja o ranking dos principais produtores:
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- China – 380,2 toneladas
- Rússia – 330 toneladas
- Austrália – 284 toneladas
- Canadá – 202,1 toneladas
- Estados Unidos – 158 toneladas
O Brasil aparece na 15ª posição, com uma produção de 83,7 toneladas.