Otan intensifica segurança em redes elétricas e alerta para invasões na Polônia
Rússia causa alerta global: violações do espaço aéreo da Polônia pela Organização em estado de alerta máximo.

Países da Otan e da União Europeia Planejam Bunkers e Redes Antidrones
Quatro países da Otan e da União Europeia, que compartilham fronteira com a Rússia, estão desenvolvendo um plano abrangente para proteger suas redes elétricas. O plano inclui a construção de bunkers de concreto e a implementação de redes antidrones em instalações vitais de energia. Essa medida visa mitigar os riscos associados a incursões de drones russos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As recentes violações do espaço aéreo polonês por drones russos, juntamente com múltiplos avistamentos de drones, incluindo um incidente que causou o fechamento do Aeroporto de Copenhague por horas, levantaram sérias preocupações sobre a vulnerabilidade das defesas da Otan na região leste.
Preocupações sobre Vulnerabilidade
Essas violações do espaço aéreo aumentaram as preocupações sobre a vulnerabilidade das instalações de energia na área, levando a Polônia, Lituânia, Estônia e Letônia a elaborarem um plano urgente para proteger suas redes elétricas.
Plano de Segurança da Rede Elétrica
Operadoras de rede polonesa e lituana forneceram detalhes do plano, ainda não divulgado, que inclui a construção de bunkers para abrigar subestações ou partes importantes de subestações, o uso de redes antidrones para cobrir infraestruturas críticas e o estoque de componentes de difícil substituição.
“Após os incidentes em Copenhague e em outros lugares, há uma conscientização crescente de que a infraestrutura de energia está particularmente exposta”, disse Grzegorz Onichimowski, CEO da operadora de rede elétrica polonesa PSE, à Reuters.
Leia também:

Talibã intensifica censuras no Afeganistão com proibições e remoções

União Europeia cria “muro de drones” para combater ameaças russas

União Europeia cria “muro de drones” para combater ameaças russas
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Dias após os drones russos serem abatidos no espaço aéreo polonês por jatos da Otan, a Polônia e os três países bálticos apresentaram o plano de segurança da rede elétrica de 382 milhões de euros (US$ 447 milhões) à UE e solicitaram o financiamento de metade do valor.
Investimento da UE
O plano estava em andamento desde março, mas se tornou mais urgente após as violações do espaço aéreo, disseram autoridades lituanas e polonesas. “Esperamos que a União Europeia, que investiu muito dinheiro, 1,2 bilhão de euros, na preparação de nossas redes para cortar laços com a Rússia, agora garanta adequadamente seu próprio investimento”, disse o Ministro da Energia da Lituânia, Zygimantas Vaiciunas, à Reuters.
Lições da Guerra na Ucrânia
O plano de segurança da rede elétrica — sobre o qual as operadoras da Estônia e da Letônia se recusaram a comentar — extrai lições da Ucrânia, cuja rede elétrica tem sido alvo de bombardeios constantes desde a invasão russa em 2022. Grande parte do foco estará na chamada Fenda de Suwalki, uma área escassamente povoada do território polonês entre a Bielorrússia e o território russo de Kaliningrado. A tomada da Fenda pela Rússia isolaria os países bálticos do restante da Otan.
Proteção Antidrones na Lituânia
A Lituânia instalou proteção de concreto antidrone na subestação de Neris, que fornece energia para a capital Vilnius e fica a 20 km da fronteira com a Bielorrússia. Os blocos de concreto serão posteriormente testados com o disparo de explosivos em um campo de testes militar. A Lituânia planeja começar a produzir e montar bunkers para cobrir partes importantes de muitas de suas subestações, como transformadores e salas de controle, que seriam difíceis de substituir.
“Estamos planejando instalá-los na maioria das nossas subestações. Toda a Lituânia sente a proximidade (da Rússia e da Bielorrússia)”, disse Rokas Masiulis, CEO da operadora de rede elétrica lituana Litgrid. “Há também segurança cibernética, eletrônica e outros tipos de segurança”.
O plano foi elaborado para proteger partes vitais da rede elétrica, e não toda ela, já que equipar todas as subestações com sistemas antidrones seria muito custoso.