Organon lidera expansão de contraceptivos de longa duração no Brasil, prevendo 59% de mercado até 2025. Implanon, com hormônio etonogestrel, impulsiona crescimento, impulsionado por contrato com o SUS e alta demanda
O mercado de contraceptivos de longa duração no Brasil está passando por uma fase de expansão acelerada, impulsionada por decisões governamentais e regulatórias. A Organon, empresa que completou quatro anos de atuação no país, se destaca como protagonista nesse movimento, com projeções de liderança em 2025.
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A empresa prevê uma participação de 59% nos contraceptivos hormonais de longa duração, quase o dobro da fatia de mercado registrada no ano anterior. Esse crescimento significativo é impulsionado principalmente pelo Implanon, um implante subdérmico de etonogestrel com duração de três anos, e por um contrato de 244 milhões de reais com o Sistema Único de Saúde (SUS) para a entrega de 1,8 milhão de unidades até 2026.
Este primeiro ciclo de entrega ao SUS representa um marco importante, ampliando o acesso a um método contraceptivo de alta eficácia e puxando o maior crescimento da história recente da Organon no país. A demanda pelo Implanon já aumentou 370% em relação a 2021, evidenciando a crescente procura por essa opção.
Tássia Ginciene, diretora de Relações Institucionais da Organon, destaca que a empresa atingirá um objetivo aspiracional de 35% maior do que o planejado, gerando um impacto financeiro de quase 8 milhões de dólares em vendas. Essa estratégia visa repetir o sucesso em 2026, com foco no setor público, planos de saúde e canal privado.
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A Organon estabeleceu uma nova meta de crescimento de 30% acima do resultado previsto para 2025, abrangendo o avanço do implante no setor público, nos planos de saúde e no canal privado. A sigla LARC (Long-Acting Reversible Contraception) refere-se ao grupo de métodos contraceptivos de longa duração.
No caso do Implanon, o hormônio sintético etonogestrel é inserido no braço da mulher em um procedimento rápido, com anestesia local, e atua por até três anos. A eficácia de 99,95% reduz falhas associadas ao uso incorreto de pílulas e injetáveis.
A duração contínua do Implanon é crucial para o planejamento familiar, especialmente entre jovens e adolescentes, que apresentam maior risco de gestação não planejada.
O Ministério da Saúde estima que 4,4 milhões de brasileiras podem optar por esse tipo de método no SUS até 2030. A adoção pelo SUS e pelos planos de saúde é fundamental para o sucesso da estratégia da Organon. Em setembro, o Ministério da Saúde recebeu as primeiras 100 mil unidades do implante e iniciou a capacitação de profissionais em todos os estados.
A distribuição dos 500 mil dispositivos previstos para 2025 prioriza regiões com maior índice de gravidez precoce, onde o Brasil registra cerca de 300 mil partos por ano entre meninas de 10 a 19 anos. A obrigatoriedade de oferta pelos planos de saúde, desde 1º de setembro, já garante 10% das vendas privadas do produto, com tendência de expansão em 2026.
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