Orca Kshamenk: Morte chocante na Argentina reacende debate sobre cativeiro

Mundo Marino confirma falecimento de Kshamenk, última orca em cativeiro na América do Sul. Orca faleceu por parada cardiorrespiratória. Investigação apura caso.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A baleia orca Kshamenk, a última animal a viver em cativeiro na América do Sul, faleceu na Argentina. O parque Mundo Marino confirmou o ocorrido no domingo (14). A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória, segundo o comunicado oficial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Investigação em Andamento

Uma investigação foi aberta para determinar as circunstâncias que levaram ao falecimento de Kshamenk. As primeiras análises indicam que a idade avançada do animal pode ter sido um fator determinante no caso. A equipe do Mundo Marino expressou profundo pesar, destacando o compromisso de 33 anos dedicado ao bem-estar de Kshamenk.

Histórico e Resgate

Em 1992, Kshamenk foi encontrado em estado crítico. O parque, após receber um chamado de socorro, identificou a presença de uma orca macho. Apesar de tentativas de resgate e soltura, a condição do animal impedia a ação. Com a aprovação das autoridades, Kshamenk foi encaminhado ao Mundo Marino para tratamento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Adaptação e Impossibilidade de Reintrodução

A situação de Kshamenk no Mundo Marino permitiu que o animal se adaptasse ao contato humano, considerando seus cuidadores parte de seu grupo social. Essa adaptação tornou impossível a reintrodução na natureza, devido à ausência do grupo familiar original.

Controvérsias e Questionamentos

Ativistas de direitos animais questionam a versão oficial. Alegam que Kshamenk foi capturado intencionalmente para fins de reprodução, visando a criação de mais orcas para apresentações em shows. A declaração de María Rosa Golía, da ONG Direitos dos Animais Marinhos, em 2024, reforça essa perspectiva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

Visão de Organizações de Proteção Animal

Grupos como UrgentSeas e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA também expressaram preocupação. A defesa do fim do cativeiro e a consideração do confinamento solitário como forma de tortura são pontos centrais na discussão.

Expectativas de Vida e Conclusão

A expectativa de vida de orcas machos, tanto na natureza quanto em cativeiro, é um fator relevante. Enquanto a média na natureza é de 30 anos, o Mundo Marino destaca que Kshamenk viveu além dessa expectativa. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA também aponta para uma expectativa de vida de 30 anos, com potencial de atingir até 60 anos.

Sair da versão mobile