Mundo Marino confirma falecimento de Kshamenk, última orca em cativeiro na América do Sul. Orca faleceu por parada cardiorrespiratória. Investigação apura caso.
A baleia orca Kshamenk, a última animal a viver em cativeiro na América do Sul, faleceu na Argentina. O parque Mundo Marino confirmou o ocorrido no domingo (14). A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória, segundo o comunicado oficial.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Uma investigação foi aberta para determinar as circunstâncias que levaram ao falecimento de Kshamenk. As primeiras análises indicam que a idade avançada do animal pode ter sido um fator determinante no caso. A equipe do Mundo Marino expressou profundo pesar, destacando o compromisso de 33 anos dedicado ao bem-estar de Kshamenk.
Em 1992, Kshamenk foi encontrado em estado crítico. O parque, após receber um chamado de socorro, identificou a presença de uma orca macho. Apesar de tentativas de resgate e soltura, a condição do animal impedia a ação. Com a aprovação das autoridades, Kshamenk foi encaminhado ao Mundo Marino para tratamento.
A situação de Kshamenk no Mundo Marino permitiu que o animal se adaptasse ao contato humano, considerando seus cuidadores parte de seu grupo social. Essa adaptação tornou impossível a reintrodução na natureza, devido à ausência do grupo familiar original.
Ativistas de direitos animais questionam a versão oficial. Alegam que Kshamenk foi capturado intencionalmente para fins de reprodução, visando a criação de mais orcas para apresentações em shows. A declaração de María Rosa Golía, da ONG Direitos dos Animais Marinhos, em 2024, reforça essa perspectiva.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Grupos como UrgentSeas e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA também expressaram preocupação. A defesa do fim do cativeiro e a consideração do confinamento solitário como forma de tortura são pontos centrais na discussão.
A expectativa de vida de orcas machos, tanto na natureza quanto em cativeiro, é um fator relevante. Enquanto a média na natureza é de 30 anos, o Mundo Marino destaca que Kshamenk viveu além dessa expectativa. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA também aponta para uma expectativa de vida de 30 anos, com potencial de atingir até 60 anos.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!