Opositor Denuncia Liberdades Condenadas e “Reféns” na Venezuela

Opositor critica liberações na Venezuela e denuncia “uso de reféns”. Edmundo González Urrutia questiona critérios e aponta violações de direitos

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Opositor Questiona Liberdades Condenadas na Venezuela

Edmundo González Urrutia, principal opositor, levantou preocupações nesta sexta-feira (26) sobre a concessão de liberdade condicional a 99 indivíduos presos durante o período da crise política que se seguiu à reeleição do presidente. González, que disputou a eleição de julho de 2024 contra Nicolás Maduro, afirmou ter obtido uma vitória com uma expressiva maioria de votos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Ministério das Relações Penitenciárias da Venezuela anunciou, na noite anterior, que as liberações foram realizadas como uma demonstração do compromisso do Estado com a busca pela paz, o diálogo e a justiça. A medida envolveu a libertação de um grupo estimado entre 45 e 63 pessoas, incluindo três adolescentes e uma médica de 65 anos.

A médica, condenada a 30 anos por “traição à pátria” após divulgar um áudio crítico ao presidente, representava um caso notório. A libertação da médica gerou debates sobre os critérios utilizados para as decisões de liberdade condicional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em sua comunicação via X (antigo Twitter), González Urrutia comentou: “Celebrar uma libertação não implica normalizar o inaceitável”. O exilado na Espanha enfatizou que, mesmo com a liberdade, os indivíduos permanecem sob processos legais em andamento, sujeitos a vigilância e expostos a ameaças.

O diplomata de 76 anos criticou a natureza seletiva das liberações, argumentando que os prisioneiros continuam sob pressão e com medo. Ele descreveu os indivíduos como “reféns”, presos arbitrariamente e utilizados para enviar mensagens e exercer pressão sobre a sociedade, sendo liberados quando conveniente para o governo, sem garantias ou verdade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM!

González Urrutia também abordou o tratamento dado à sua família, mencionando o caso de seu genro, Rafael Tudares, condenado a 30 anos por “terrorismo”, enquanto a família denunciava seu desaparecimento forçado. Ele concluiu afirmando que na Venezuela, a liberdade é administrada, e a dignidade humana é utilizada como instrumento.

Sair da versão mobile