Operação Revela Financiamento do Hamas por Organizações Benéficas Italianas
Unidades antimáfia e antiterrorismo italianas, com apoio de órgãos de investigação europeus, prenderam nove indivíduos suspeitos de financiar o grupo terrorista Hamas. A operação, coordenada por autoridades de diversos países da União Europeia, investiga o desvio de aproximadamente 7 milhões de euros arrecadados para fins humanitários nos últimos dois anos.
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Os investigados são acusados de pertencer ao Hamas ou de financiar suas atividades, organização considerada terrorista pela União Europeia. A Promotoria de Gênova detalha que os recursos foram direcionados para entidades ligadas ao grupo, utilizando transferências bancárias e outros mecanismos para associações no exterior, algumas sediadas na Faixa de Gaza.
Entre os presos está Mohammad Hannoun, presidente da Associação de Caridade em Solidariedade com o Povo Palestino, com sede em Gênova. Ele é acusado de manter contatos frequentes com representantes de organizações semelhantes em países como Holanda, Áustria, França e Reino Unido, além de relações com integrantes do alto escalão do Hamas.
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As autoridades informam que interceptações telefônicas revelaram a existência de uma rede internacional de arrecadação de recursos que operava sob a aparência de ações beneficentes. A investigação avançou com a cooperação de autoridades estrangeiras, sob a coordenação da agência judicial europeia Eurojust.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, classificou a operação como “particularmente complexa e importante”, destacando a revelação do financiamento do Hamas por meio de supostas organizações de caridade. O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, afirmou que a operação expôs atividades que, segundo ele, escondiam apoio a organizações terroristas.
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O caso ocorre em um contexto de tensões elevadas devido à guerra entre Israel e o Hamas, que se intensificou após o ataque do grupo ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, resultando em cerca de 1.200 mortos.
