Megaoperação Resulta em Várias Mortes no Enfrentamento ao Comando Vermelho
Uma operação policial de grande escala, realizada nesta terça-feira (28), resultou em pelo menos 60 mortes, de acordo com informações preliminares das forças de segurança. A ação, considerada uma das maiores da história do estado, envolve a participação de polícias civil e militar e se concentra em comunidades sob o controle do Comando Vermelho.
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O incidente intensificou o debate sobre o aumento da violência no Rio de Janeiro e a falta de coordenação entre os governos estadual e federal. O governador local declarou que o estado não recebeu apoio da União na operação, enquanto o Ministério da Justiça divulgou uma nota afirmando que o governo federal “atua sim” no combate ao crime organizado na região.
Análise de Especialistas Sobre a Situação
O jornalista Eliseu Caetano, com vasta experiência em cobertura de casos policiais no Rio, classificou a situação como “uma guerra civil não declarada”. Ele mencionou ter deixado o Brasil há mais de uma década devido à insegurança e criticou a normalização da violência: “Não pode ser normal sair de casa sem saber se vai voltar.
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O Rio vive um cenário em que o tráfico atua com o mesmo poder de fogo do Estado. Isso não é normal e não deve ser tratado como rotina”, afirmou.
Cenário de Guerra Urbana e Desafios
O comentarista Diego Tavares, especialista em segurança pública, destacou que o país enfrenta um cenário de guerra urbana, com narcotraficantes utilizando drones e granadas contra as forças policiais. Ele ressaltou que o problema não se restringe ao Rio: “Esses grupos controlam partes inteiras do território nacional, onde a Constituição não tem mais validade.
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O crime organizado opera como um poder paralelo”, disse.
Ações Integradas e Desafios Financeiros
Tavares também defendeu ações integradas de inteligência e asfixia financeira das facções, apontando que organizações como o PCC e o Comando Vermelho movimentam bilhões de reais por meio de atividades ilegais e legais, incluindo postos de gasolina, garimpo e até empresas de fachada.
Críticas à Proposta de Lei
O comentarista criticou ainda a chamada PEC da Segurança, proposta pelo governo federal, que pretende centralizar competências de combate ao crime organizado na União. Segundo ele, a medida é “ineficaz” e não resolve o problema: “Lei no papel não combate o tráfico.
O que precisamos é de cooperação real entre estados, tecnologia e foco em resultados. Enquanto os gestores discutem, quem sangra é a população.”
