O dispositivo GLO (Garantia da Lei e da Ordem) voltou a ser tema de debate após a operação Contenção. A ação, ocorrida na terça-feira (28.out.2025), resultou em um número elevado de mortos, com 119 vítimas, representando a ocorrência mais letal na história do Estado do Rio de Janeiro.
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Na quarta-feira (29.out.2025), representantes do governo (PT) se deslocaram ao Rio para analisar os desdobramentos da operação.
Mecanismo de Ação
Estabelecido pela Constituição, o GLO autoriza o emprego das Forças Armadas para assegurar a segurança pública em situações de crise, como ondas de violência, greves policiais, grandes eventos ou emergências humanitárias. A ativação do dispositivo ocorre quando as forças locais não conseguem restabelecer a ordem.
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Quem Pode Acionar?
O GLO pode ser acionado pelo presidente da República, independentemente da motivação ou não dos governadores ou presidentes dos demais Poderes. Não há um prazo determinado para sua vigência, permanecendo em vigor até que a normalidade seja restabelecida.
Efeitos Práticos
Quando decretado, o GLO permite que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica atuem em apoio às forças policiais, com poderes de patrulhamento, revista e prisão em flagrante.
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Histórico de Uso
O dispositivo já foi utilizado em diversas ocasiões, incluindo durante a Rio + 20 em 2012, na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016. Em novembro de 2023, foi acionado por Lula para controlar os portos de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro e Santos (SP) e os aeroportos do Galeão (RJ) e de Guarulhos (SP).
Megaoperação no Rio
A operação Contenção foi realizada na terça-feira (28.out) nos complexos do Alemão e da Penha, que abrangem 26 comunidades na zona norte do Rio. De acordo com o governo do Estado, o número total de mortos após a operação é de 119; outras fontes apontam para 132 vítimas.
Entre os falecidos, 60 eram suspeitos de integrar o crime organizado e 4 eram policiais, incluindo Marcus Vinicius, chefe da 53ª DP (Delegacia Policial de Mesquita).
Os resultados da operação incluem 81 prisões, apreensão de 72 fuzis, uma pistola, 9 motos e 200 kg de drogas. O governo federal autorizou a transferência de 10 presos do Comando Vermelho, detidos em penitenciárias estaduais, para unidades federais, em decisão tomada em reunião de emergência no Palácio do Planalto.
