Em meio aos impressionantes paredões pré-históricos da Serra da Capivara, no Piauí, um evento singular transforma a paisagem: o festival Ópera da Serra da Capivara. Desde 2014, a iniciativa tem se consolidado como um ponto de encontro cultural e econômico para cidades como São Raimundo Nonato e Coronel José Dias.

A Articulação do Projeto

O festival é fruto da parceria entre Sádia Castro, jornalista e antropóloga natural de São Raimundo Nonato, que atua como diretora-geral, e Felipe Guerra, diretor de arte. Castro, com doutorado em Educação Ambiental e Antropologia, lidera a gestão, combinando aspectos culturais com a mobilização comunitária e estratégias de sustentabilidade e inclusão produtiva.

Impacto Econômico e Criativo

Com o apoio do Sebrae, a Ópera da Serra da Capivara se tornou um importante vetor de dinamização econômica do semiárido piauiense. Durante o período antecedente ao evento, a demanda por hospedagem e alimentação aumenta significativamente, impulsionando a produção artesanal local.

A expectativa de crescimento nas vendas pode triplicar em alguns setores, integrando a economia criativa da região.

Capacitação e Desenvolvimento Local

Além da oferta de apresentações artísticas, o festival proporciona capacitação profissional gratuita à população. A iniciativa também inclui a gratuidade de 40% dos ingressos, destinados a guias turísticos, moradores e trabalhadores da produção.

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A organização também promove a formação continuada de novos profissionais, buscando fortalecer a economia local.

Um Projeto de Referência

A Ópera da Serra da Capivara se destaca como um projeto de referência em economia criativa aplicada ao semiárido. A Cerâmica da Serra da Capivara, criada nos anos 1990 por Níède Guidon, emprega atualmente 92 pessoas, produzindo mais de 10 mil peças por mês.

A produção da cerâmica se intensifica com a aproximação do festival, buscando atender à demanda crescente.

Conclusão

O festival, parte da série “Construindo Futuros” do Sebrae, representa mais do que um evento cultural; é uma resposta à realidade do sertão piauiense, buscando florescer a economia e a cultura local. Sádia Castro expressa o desejo de que a ópera seja como a chuva do sertão, trazendo abundância e alegria para a comunidade.