ONU reduz investimento em ajuda humanitária e foca em Gaza, Cisjordânia e Sudão. Tom Fletcher detalha plano ajustado de 23 bilhões de dólares.
A Organização das Nações Unidas (ONU) promete destinar 2 bilhões de dólares (11,08 bilhões de reais) para assistência humanitária em 2026, um valor significativamente inferior aos investimentos dos anos anteriores. Essa decisão ocorre em um contexto de cortes na ajuda externa, conforme confirmado por um funcionário do Departamento de Estado, e será oficializada em coletiva de imprensa na representação americana em Genebra, com a presença do chefe das operações humanitárias da ONU, Tom Fletcher.
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Em 2025, o apelo humanitário da ONU, que somava mais de 45 bilhões de dólares (249 bilhões de reais), foi financiado com pouco mais de 12 bilhões (66 bilhões de reais), o menor montante em uma década, segundo dados das Nações Unidas. Com esses recursos, foram atendidas apenas 98 milhões de pessoas, 25 milhões a menos que no ano anterior.
A ONU busca dar prioridade a crises como Gaza e Cisjordânia, com um investimento de 4,1 bilhões de dólares (22,7 bilhões de reais) para ajudar 3 milhões de pessoas. Também há um aporte de 2,9 bilhões de dólares (16 bilhões de reais) para o Sudão, com o objetivo de auxiliar 20 milhões de pessoas. Além disso, a organização pretende atender a situações em Mianmar, República Democrática do Congo e Ucrânia.
O chefe das operações humanitárias da ONU, Tom Fletcher, apresentou um plano ajustado que solicita 23 bilhões de dólares (127 bilhões de reais) para atender pelo menos 87 milhões de pessoas em maior perigo. Esse plano, que inclui reformas para melhorar a eficácia do sistema humanitário, é considerado “hiperpriorizado” por Fletcher, que reconhece as “decisões difíceis” necessárias para convencer os doadores a aumentarem o apoio.
Em 2025, os Estados Unidos permaneceram como o principal país doador de programas humanitários no mundo, com um investimento de 2,7 bilhões de dólares (14,95 bilhões de reais), em comparação com 11 bilhões (60 bilhões de reais) em 2024. A organização busca garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficiente para atender às necessidades urgentes de milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade.
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