Conselho de Segurança decide votação interna; América Latina tem principais candidatos ao cargo.
A Organização das Nações Unidas (ONU) está prestes a eleger um novo secretário-geral em 2026, com um mandato de cinco anos, começando em janeiro de 2027. O processo de escolha envolve diversas etapas e a participação de órgãos importantes da ONU.
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Formalmente, a disputa começa com o envio de uma carta conjunta pelo Conselho de Segurança da ONU, composto por 15 membros, e pelo presidente da Assembleia Geral, que reúne 193 países. Essa carta, que deve ser enviada até o final do ano, solicita indicações de candidatos.
O candidato precisa ser indicado por um Estado que faça parte da ONU. António Guterres, eleito em 2016, é um exemplo de um mandato rotativo entre as regiões. O próximo na lista é a América Latina, mas alguns diplomatas esperam que outros candidatos sejam considerados.
Já existem alguns candidatos declarados publicamente. Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, é uma das principais candidatas, com o apoio de Gabriel Boric. Ela também foi Alta Comissária dos Direitos Humanos e diretora executiva da ONU Mulheres.
Rebeca Grynspan, ex-vice-presidente da Costa Rica, é outra candidata forte, atualmente secretária-geral da UNCTAD. Rafael Grossi, veterano diplomata argentino, também manifestou interesse na candidatura.
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O Conselho de Segurança deve recomendar formalmente um candidato à Assembleia Geral. O órgão realizará votações secretas, conhecidas como “votação informal”, até que se chegue a um consenso. As opções para cada candidato são: encorajar, desencorajar ou sem opinião.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, China e França – devem chegar a um acordo. As cédulas para os poderes de veto na votação informal são tradicionalmente de uma cor diferente daquelas dos integrantes eleitos.
Na eleição de Guterres em 2016, foram necessárias seis votações informais. O Conselho de Segurança adota uma resolução recomendando uma nomeação para a Assembleia Geral, que precisa de nove votos a favor e nenhum veto para ser aprovada.
A ONU tem trabalhado para melhorar a transparência do processo. A Assembleia Geral, em resolução, exige que cada candidato apresente uma declaração de visão, publicada em uma página da internet. Os candidatos devem divulgar suas fontes de financiamento e, se ocuparem um cargo na ONU, considerar suspender seu trabalho durante a campanha.
O secretário-geral é chamado de “chefe administrativo” da ONU. Ele supervisiona mais de 30 mil funcionários civis e 11 operações de manutenção da paz, com cerca de 60 mil soldados e policiais. O orçamento anual básico é de US$ 3,7 bilhões, enquanto o orçamento para a manutenção da paz é de US$ 5,6 bilhões.
O poder de autorizar o uso de força militar ou sanções cabe ao Conselho de Segurança.
Há uma pressão crescente para que a ONU escolha a primeira mulher secretária-geral em seus 80 anos de história. O papel do chefe administrativo da ONU é fundamental para a organização, com responsabilidades em diversas áreas, incluindo a coordenação de operações de manutenção da paz e a supervisão de programas de desenvolvimento.
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