Relatório da ONU acusa Guarda Nacional Bolivariana de “crimes contra a humanidade” desde 2014. Missão da ONU documenta abusos, execuções e violência.
Um relatório mais recente da Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre a República Bolivariana da Venezuela, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), acusa a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) de “graves violações e crimes contra a humanidade” durante mais de uma década.
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A missão, criada em 2019 pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, documentou uma série de abusos cometidos por membros da GNB.
O relatório detalha execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, violência sexual e de gênero, além de torturas e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. As ações foram registradas a partir de 2014, contextualizadas pela perseguição política e repressão a protestos.
A Missão Independente identificou a GNB como central na repressão sistemática contra opositores ao regime de Nicolás Maduro e indivíduos considerados inimigos do governo. O documento destaca que os abusos ocorreram durante manifestações políticas, incluindo os eventos de 2014, 2017, 2019 e 2024.
Segundo o relatório, atos de tortura, maus-tratos e violência sexual não são incidentes isolados, mas fazem parte de um padrão contínuo com o objetivo de punir e destruir a resistência e a dignidade das vítimas.
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A Missão Independente observou a existência de impunidade estrutural na Venezuela, com casos sendo desconsiderados ou manipulados pelas autoridades. Marta Valiñas, presidente da missão, ressaltou que as falhas do sistema político e judicial do país foram cruciais para a persistência dos abusos.
“A persistência dos crimes e a ausência de justiça exigem uma resposta firme dos mecanismos de controle nacionais e internacionais”, afirmou Valiñas.
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