Relatório da ONU aponta para colapso econômico em Gaza, com crise humanitária e necessidade urgente de recuperação internacional. A situação é uma das piores crises globais desde 1960
Um relatório divulgado em 25 de novembro de 2025 pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento aponta para o colapso econômico mais grave já registrado em Gaza, exacerbado pela guerra e pelas restrições econômicas impostas.
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O documento enfatiza que a situação representa uma ameaça à sobrevivência da população de Gaza, clamando por um plano de recuperação abrangente da comunidade internacional.
A economia palestina sofreu uma contração de 30% em 2024 em comparação com 2022, representando a maior queda desde o início da coleta de dados em 1972. A situação é considerada uma das 10 piores crises econômicas globais desde 1960.
O Produto Interno Bruto (PIB) registrou um valor equivalente ao de 2010, enquanto o índice per capita apresentou o mesmo valor de 2003, indicando um retrocesso de 22 anos no desenvolvimento econômico da região.
O relatório destaca que a limitação na entrada de mercadorias, restrições a insumos produtivos, equipamentos, tecnologia e a continuidade das operações militares desmantelaram a base produtiva de Gaza, gerando uma dependência quase total de ajuda externa.
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A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que o valor necessário para a recuperação de Gaza ultrapassa US$ 70 bilhões. Mesmo em um cenário otimista de crescimento de dois dígitos, facilitado por um volume significativo de ajuda externa, a região levaria décadas para retornar aos níveis de bem-estar observados antes de outubro de 2023.
Os danos extensos à moradia e infraestrutura essencial impediram o acesso a alimentos, água, serviços de saúde e serviços públicos. A ajuda humanitária é considerada urgente e imprescindível. As operações militares impactaram negativamente todos os pilares de sobrevivência, mergulhando Gaza em uma crise humanitária.
O conflito em Gaza teve início após ataques de militantes liderados pelo Hamas, que resultaram na morte de 1.200 pessoas, em sua maioria civis, e na captura de 251 reféns em Israel em 7 de outubro de 2023. A resposta militar israelense causou a morte de mais de 69.000 palestinos, majoritariamente civis, segundo dados das autoridades de saúde em Gaza.
Um acordo entrou em vigor em 10 de outubro, mas Israel continuou com os bombardeios em Gaza.
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