ONS propõe cortes temporários em usinas eólicas e solares para evitar instabilidade no sistema elétrico. A iniciativa surge com o aumento da geração distribuída
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) um plano emergencial para gerenciar o excesso de geração de energia na rede de distribuição. O documento propõe o corte temporário da produção em pequenas usinas, como PCHs, usinas eólicas e solares, em momentos de alta oferta de energia.
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A iniciativa surge em resposta ao crescimento da geração distribuída, um cenário que exige medidas urgentes para evitar instabilidades no sistema elétrico.
O plano do ONS define procedimentos a serem adotados quando todas as alternativas operacionais da rede básica se esgotarem. Ele sugere que, ao identificar um excedente de geração, o ONS emitirá instruções para as distribuidoras, solicitando a redução temporária da injeção de energia de usinas conectadas em níveis de tensão mais baixos.
O corte seria rotativo e limitado a algumas horas diárias, visando minimizar os impactos em um único gerador.
Segundo o diretor de Operação do ONS, a medida é “uma medida técnica essencial para garantir a estabilidade do sistema elétrico”, sendo utilizada apenas em último caso. O plano foi elaborado em um contexto de rápido avanço da geração solar no país.
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O excesso de energia no Sistema Interligado Nacional pode causar oscilações de tensão e frequência, comprometendo a estabilidade do sistema. A medida tende a gerar perdas econômicas para os produtores e elevar custos regulatórios.
Para o presidente da CPFL Energia, o tema é urgente e deve ser encarado como prioridade. O executivo ressaltou a necessidade de repensar a forma como o sistema é operado, alertando para a possibilidade de instabilidade. A medida é vista como necessária, mas com a necessidade de segurança regulatória para sua execução.
A Aneel também está trabalhando em projetos-piloto para modernizar as tarifas, com o objetivo de incentivar o consumo em horários adequados. Segundo Estrella, a experiência internacional mostra que tarifas diferenciadas podem ajudar a equilibrar o sistema, especialmente diante da intermitência das fontes renováveis.
Países como a China já adotam modelos desse tipo.
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