Ministério da Diáspora acusa ONGs em Gaza de vínculos com terrorismo. MSF nega envolvimento. Medida impacta 15% das entidades que atuam no território.
O Ministério da Diáspora e do combate ao antissemitismo anunciou, nesta terça-feira (30), que organizações não governamentais (ONGs) que atuam em Gaza e não entregarem até quarta-feira (31) uma lista de seus funcionários palestinos não poderão operar no território a partir de 2026.
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A medida ocorre sob a acusação de que dois integrantes da Médicos Sem Fronteiras (MSF) possuem “vínculos com organizações terroristas”, segundo o comunicado oficial.
O texto afirma que as organizações que “se recusaram a fornecer a lista, com o objetivo de excluir qualquer ligação com o terrorismo”, verão suas licenças anuladas a partir de 1º de janeiro de 2026. A exigência determina que as entidades afetadas “deverão interromper todas as atividades antes de 1º de março de 2026”.
O ministério alega que apenas 15% das ONGs que atuam em Gaza serão impactadas por essa decisão. A justificativa adicional é que atos de “deslegitimação de Israel”, processos judiciais contra membros do Tsahal (Exército israelense), a negação do Holocausto e a negação dos eventos de 7 de outubro, são motivos para a suspensão das licenças das organizações.
O comunicado também aponta que “algumas organizações internacionais” teriam se envolvido em atividades terroristas. A Médicos Sem Fronteiras (MSF) é diretamente acusada de ter empregado pessoas com “vínculos com organizações terroristas”.
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De acordo com o ministério, um integrante da Jihad Islâmica Palestina foi identificado como funcionário da ONG em junho de 2024, enquanto outro foi apontado como franco-atirador do Hamas em setembro de 2024.
A MSF, por sua vez, em declaração à AFP, negou ter contratado conscientemente pessoas envolvidas em atividades militares.
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