OMS emite alerta global devido ao aumento da gripe K na Europa e Ásia. A variante do vírus influenza A (H3N2) subclado K preocupa especialistas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta global devido ao aumento de casos de gripe K na Europa e Ásia. O relatório aponta que a atividade do vírus está acima do normal para a época do ano em algumas regiões do hemisfério norte.
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A gripe K é causada pelo vírus influenza A (H3N2) subclado K, uma variação genética do vírus.
“O influenza A mais conhecido é o H1N1, que causou a pandemia de gripe suína em 2009. Neste momento, o que foi identificado foi um influenza A também, mas do tipo H3N2”, explica Rosana Ritchmann, infectologista do Grupo Santa Joana e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas à CNN Brasil. “Essa mudança faz com que o nosso sistema imune não reconheça o vírus como H3N2.
Ele entende que é ‘um primo’”.
Os sinais e sintomas causados pela gripe K são semelhantes aos de uma gripe comum: febre, congestão nasal, coriza, tosse, dor de cabeça e dor de garganta, além de mal-estar. Não há evidências de que a variante cause sintomas mais intensos, segundo Ritchmann. “Clinicamente, não é possível saber se é gripe K ou outro tipo de gripe.
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Somente com testes conseguimos diferenciar um tipo do outro”.
Grupos de risco incluem idosos, gestantes e pessoas com sistema imunológico enfraquecido, onde a doença pode evoluir para quadros graves com complicações como sinusite, otite, desidratação e problemas cardíacos.
Sim, há risco de o subclado K chegar ao Brasil. “Certamente, o subclado K vem para o Brasil. Nós estamos em festas, em férias. A chance de ele entrar no país é, praticamente, 100%, porque ele já está circulando no hemisfério norte”, afirma a infectologista.
A OMS emitiu o alerta global considerando esse risco. “Precisamos nos preparar para isso, para sabermos como enfrentar essa nova subvariante que está chegando aqui”, afirma Ritchmann.
A vacina protege contra influenza A, incluindo o H3N2, mas pode não evitar completamente a infecção pelo subclado K. No entanto, protege contra casos graves, diminuindo o risco de hospitalização. “As vacinas funcionam, mas não tanto quanto se não tivesse ocorrido essa pequena mudança [genética].
A vacina, provavelmente, não vai evitar a infecção, mas vai evitar o desfecho pior em termos de saúde pública, que é a hospitalização e a morte”, afirma Ritchmann.
O antiviral oseltamivir (Tamiflu) é eficaz para combater a gripe K.
Além da vacinação, medidas preventivas como evitar contato com outras pessoas, manter ambientes ventilados, lavar as mãos frequentemente e usar máscaras são importantes.
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