Aumento alarmante de doença renal crônica é revelado em novo estudo da The Lancet. 788 milhões de adultos sofrem em 2023, com destaque para China e Índia
Um novo estudo publicado na The Lancet revela um aumento alarmante nos casos de doença renal crônica em nível global. Em 2023, estima-se que aproximadamente 788 milhões de adultos com 20 anos ou mais sofressem com a condição, um salto considerável em relação aos 378 milhões registrados em 1990.
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Essa expansão representa uma crise de saúde pública de grande magnitude.
A prevalência global da doença renal crônica atingiu 14,2% em 2023, um aumento de 3,5 pontos percentuais desde 1990. A glicemia de jejum elevada, a pressão arterial sistólica alta e o índice de massa corporal elevado são identificados como os principais fatores de risco, respondendo por 31,9%, 24,5% e 23,5% da carga da doença, respectivamente.
Além desses, riscos dietéticos, falta de atividade física, temperaturas inadequadas e exposição ao chumbo também contribuem para o problema.
O Norte da África e o Oriente Médio apresentam a maior prevalência da doença renal crônica, com 18%, seguidos pelo Sul da Ásia e pela África Subsaariana. A China lidera em número absoluto de casos, com 152 milhões de pacientes, registrando uma taxa de prevalência de 12,3% e uma taxa de crescimento de 7,1%, superior à média global.
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A doença renal crônica é a 9ª principal causa de morte global, resultando em 1,48 milhão de mortes em 2023, e impacta em 11,5% de todos os óbitos por doenças cardiovasculares.
Apenas 20% dos pacientes em estágio terminal recebem terapia renal substitutiva padronizada, como diálise ou transplantes. O estudo destaca a necessidade urgente de ampliar o acesso ao tratamento, especialmente em regiões de baixa renda. Recomenda-se a promoção da diálise peritoneal de baixo custo e a inclusão do tratamento nos sistemas de seguro de saúde.
Países com grande número de casos, como China e Índia, devem intensificar a triagem básica, incluindo exames de urina em grupos de alto risco, como diabéticos.
Em maio de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou uma resolução que prioriza a saúde renal, reconhecendo formalmente a condição como uma importante doença não transmissível que requer atenção global urgente. A situação exige medidas coordenadas para enfrentar a crescente incidência da doença renal crônica em escala global.
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