Fortuna de Odete Roitman: Quem Receberá a Herança da Vilã de “Vale Tudo“?
A atriz Odete Roitman, personagem da novela “Vale Tudo”, faleceu na última segunda-feira, 6, gerando uma importante questão: quem ficará com sua fortuna?
No Brasil, o testamento é um instrumento legal que permite que indivíduos definam o destino de seus bens após o falecimento, buscando uma solução personalizada. No entanto, essa liberdade possui limites, estabelecidos pelo Código Civil, para proteger os herdeiros necessários, que são os descendentes (filhos) e ascendentes (pais).
De acordo com a legislação, esses herdeiros têm direito a pelo menos metade do patrimônio, denominado “legítimo”. A outra metade, a “parte disponível”, pode ser designada pelo testador a quem desejar, seja um familiar, amigo ou instituição.
Quem teria direito à fortuna de Odete Roitman? Segundo Andrey Guimarães Duarte, tabelião e vice-presidente do Colégio Notarial do Brasil Seção SP, a principal herdeiraária seria César Ribeiro, parceiro da vilã em união estável, que possui 50% das ações do grupo Almeida Roitman, conforme contrato de casamento.
A situação se complica se César for identificado como o responsável pela morte de Odete, o que poderia invalidar seu direito à herança.
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Além de César, os filhos de Odete – Leonardo, Heleninha e Afonso – também têm direito à metade da herança, em virtude de serem herdeiros necessários.
Uma questão adicional surge com Afonso Roitman, que enfrenta tratamento contra leucemia, levantando dúvidas sobre a possibilidade de ele deixar parte de sua herança para Solange, mãe de seus filhos, ou para os bebês que ainda não nasceram.
A legislação brasileira assegura direitos à herança do “nascituro” – o bebê concebido, mas ainda não nascido – desde a concepção. Para garantir a proteção desses direitos, o nascituro pode ser representado por um curador, que atuará em seu nome até a sua nascimento.
Para que um testamento seja válido, ele deve seguir formalidades legais, como a presença de testemunhas e a plena capacidade do testador. O testamento público, realizado em cartório, é considerado o meio mais seguro, garantindo transparência e reduzindo o risco de questionamentos futuros.