Economia Global Apresenta Resiliência com Desafios Persistentes

A economia global demonstrou maior capacidade de recuperação do que o previsto neste ano, porém, desafios subjacentes permanecem. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destacou, em sua versão preliminar do relatório de Perspectivas Econômicas, que a resiliência é acompanhada de fragilidades devido ao aumento das barreiras comerciais e à incerteza política.

O relatório aponta que os impactos das tarifas mais elevadas ainda não são totalmente evidentes, mas estão se tornando mais visíveis, particularmente nos Estados Unidos. A desaceleração do comércio global, após um período de forte crescimento no início do ano, precede os efeitos das tarifas implementadas.

Políticas de Apoio e o Impacto da Inteligência Artificial

A OCDE ressaltou que políticas macroeconômicas de apoio, juntamente com as condições financeiras favoráveis impulsionadas pelo otimismo em relação ao potencial da inteligência artificial (IA) e o aumento do investimento e do comércio habilitados por IA, contribuíram para sustentar a demanda em diversas economias, atuando como um amortecedor contra a incerteza política e as barreiras ao comércio.

A organização manteve suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global, prevendo uma moderação de 3,3% para 2024, 3,2% para 2025 e 2,9% para 2026. A expectativa é de uma pequena recuperação para 3,1% em 2027.

Riscos e Preocupações da OCDE

A OCDE ainda espera que a inflação retorne gradualmente à meta em muitas economias principais até meados de 2027, acompanhada de reduções nas taxas de juros. A organização enfatiza que a perspectiva econômica permanece frágil, especialmente devido às barreiras em torno de insumos críticos, que podem causar danos às cadeias de suprimentos e à produção global.

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Além disso, a OCDE alerta que avaliações de ativos baseadas em expectativas otimistas de lucros corporativos impulsionados por IA representam um risco de correções abruptas de preços. A organização também adverte que vulnerabilidades fiscais podem elevar os rendimentos soberanos de longo prazo, apertando as condições financeiras e prejudicando o crescimento.