Obra justifica a influência de Mao Tsé-Tung na formação da China como potência

O estudo de Diego Pautasso examina Mao sem idealizações e revela a importância do líder na Ásia contemporânea.

11/09/2025 19:07

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Obra justifica a influência de Mao Tsé-Tung na formação da China como potência
(Imagem de reprodução da internet).

Não se trata de um herói mítico ou de um déspota exagerado, mas sim de uma figura complexa, atuante e consequência de um extenso e intrincado processo político. Este é o tema de A China atual no legado de Mao Tsé-Tung, publicado pela editora Ideias & Letras, e organizado pelo cientista político Diego Pautasso, com lançamento programado para esta semana.

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A relevância de Mao para a China contemporânea é substancialmente maior do que se percebe no Ocidente, argumenta-se, defendendo que a nação de rápido desenvolvimento “não surgiu com as reformas de Deng Xiaoping, mas sim de uma longa luta que resultou na Revolução de 1949”.

Compreendendo as reverberações de Mao no presente.

A partir desse momento, Pautasso destaca que “foi a era maoista que consolidou a integração territorial, a soberania nacional e o desenvolvimento, lançando as bases para o atual ciclo de modernização”. Para ele, “compreender os reflexos de Mao significa identificar as linhas de continuidade e transformação no contexto atual da China”.

Além de diretor de pesquisas do Centro de Estudos Avançados Brasil-China (Cebrac) e autor dos livros Imperialismo — Ainda faz sentido na Era da Globalização? e China e Rússia no Pós-Guerra Fria, ele defende que, para compreender o gigante asiático e principal parceiro comercial do Brasil e de diversos países, é necessário transcender os estereótipos que caracterizam a visão ocidental.

Sem idealização ou demonização.

Em doze capítulos, o livro oferece uma análise crítica da trajetória do líder revolucionário, sem idealizações ou distorções. O organizador propõe uma compreensão fundamentada na história real da China, de suas derrotas coloniais à criação de um projeto nacional e popular que permitiu reintegrar mais de 1,4 bilhão de pessoas no centro da história global.

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A proposta examina Mao como estrategista, pensador, camponês rebelde e estadista. “Não se trata de canonizá-lo, mas de compreendê-lo nos termos da história chinesa e de seus desafios regionais e globais, iluminando um processo revolucionário amplo e contraditório”, afirma Pautasso.

Outros autores do livro incluem nomes de diversos países da América Latina, incluindo Brasil, além de analistas da China, Argentina e México.

Fonte por: Brasil de Fato

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