O STF consolida o voto pela condenação de Bolsonaro e seus aliados no processo envolvendo a tentativa de golpe de 8 de janeiro

Três ministros consideraram o ex-presidente como líder da trama golpista de 2022, com discordância de Luiz Fux; as penas podem atingir 43 anos de prisão.

11/09/2025 16:35

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O STF consolida o voto pela condenação de Bolsonaro e seus aliados no processo envolvendo a tentativa de golpe de 8 de janeiro
(Imagem de reprodução da internet).

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu majoritariamente nesta quinta-feira (11) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de planejar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Trata-se da primeira vez na história do país que um ex-presidente é punido por esse crime.

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O resultado atingiu 3 votos contra 1 após a ministra Cármen Lúcia seguir o relator, Alexandre de Moraes, e o ministro Flávio Dino, que consideraram Bolsonaro como cabeça da trama golpista. O ministro Luiz Fux apresentou discordância e votou pela anulação do processo contra o ex-presidente.

Os Crimes

A maioria dos ministros considerou que Bolsonaro e seus aliados deveriam ser julgados por:

  • Golpe de Estado
  • A anulação abrupta do Estado Democrático de Direito.
  • Conjunto criminoso
  • Dano atingindo bens protegidos pelo interesse público.
  • Degradação de bens tombados.

Quem são os acusados

Além de Jair Bolsonaro, a lista de acusados inclui:

  • Walter Braga Netto – ex-general, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.
  • Mauro Cid, “tenente-coronel”, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator.
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha.
  • Alexandre Ramagem – deputado federal e ex-diretor da Abin.
  • Augusto Heleno – general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-gerente e ex-ministro da Defesa.
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça.

Penas em discussão

Se a sentença for confirmada, os ministros iniciarão a etapa de dosimetria, determinando a pena individual de cada réu. A soma máxima das penas pode atingir 43 anos de prisão para Bolsonaro, considerando o agravante de liderança da organização criminosa.

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A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) indica que o grupo liderado por Bolsonaro coordenou, de 2021 a 2023, ações como reuniões, discursos públicos, documentos e até uma minuta de golpe com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para os ministros que votaram pela condenação, essas evidências revelam um ataque sistemático às instituições e uma tentativa concreta de ruptura democrática.

Fonte por: Jovem Pan

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