O príncipe Harry chegou, na segunda-feira (8), a Londres para um evento beneficente, questionando se em algum momento da semana se reunirá com seu pai, o rei Charles III, buscando uma reconciliação após anos de tensões. Pai e filho não se encontram desde fevereiro de 2024, quando Harry, que reside nos Estados Unidos, viajou para acompanhar o rei, de 76 anos, que enfrenta uma doença em tratamento.
O encontro na residência do rei Clarence House, em Londres, teve duração inferior a 45 minutos, e Harry retornou para sua casa na Califórnia após passar uma noite em um hotel.
Desde então, retornou à Londres três vezes, porém em nenhuma dessas ocasiões conseguiu se encontrar com a família real, com quem teve rompimento em 2020, gerando mágoas. “Gostaria muito de se reconciliar com minha família”, declarou esperançoso em maio na BBC. “Não sei quanto tempo meu pai ainda tem”, acrescentou o irmão mais novo do príncipe William, herdeiro do trono.
Em 9 de julho, um encontro em Londres entre o responsável pela comunicação do rei, Tobyn Andreae, e a nova encarregada de relações públicas de Harry, Meredith Maines, reacendeu as especulações. O The Mail on Sunday divulgou uma fotografia da reunião.
Reconciliação possível.
De acordo com o The Mirror, o rei e seu filho podem se reunir nesta semana. “Uma reconciliação é possível”, opinou o historiador e comentarista da realeza, Ed Owens. “Para sua reputação, após sua morte, uma reconciliação com o filho seria visto como algo muito positivo”, acrescentou a AFP.
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O príncipe, com 40 anos, participará na noite de segunda-feira, em Londres, da gala beneficente da WellChild, que apoia crianças com deficiência. Patrono da organização há 17 anos, fará um pronunciamento e entregará um prêmio a uma menina.
Harry visitou, na segunda-feira, o castelo de Windsor, localizado ao oeste de Londres, e depositou flores no túmulo de sua avó, a rainha Elizabeth II, falecida há três anos.
Quarta-feira, ele se deslocará para Nottingham (norte da Inglaterra), onde realizará uma visita a um estúdio de gravação voltado para jovens e fará o anúncio de uma doação para outra organização, a Children in Need, que combate a violência contra crianças. “A principal questão, caso eles se cruzas (Charles III e Harry), seria: onde?”, ponderou Joe Little, diretor da Majesty Magazine, publicação mensal sobre a realeza.
Contradições
Little acredita que o rei busca uma reconciliação, mas aponta as contradições de um príncipe que critica a família real e solicita abertamente uma aproximação.
Após renunciar às suas obrigações reais e se mudar para a Califórnia com a esposa Meghan em 2020, Harry concedeu uma entrevista à estrela americana do “talk show”, Oprah Winfrey, em 2021, sugerindo que alguns membros da família real são racistas.
No início de 2023, Harry publicou suas memórias, “O que sobra”, criticando seu irmão William, sua cunhada Catherine e também Camilla, sua madrasta. O príncipe também iniciou, e perdeu, uma batalha judicial no Reino Unido para obter proteção policial, com as mesmas condições de segurança de quando era membro ativo da família real. “Meu pai já não fala comigo por causa desta questão de segurança”, confessou em maio.
A duquesa de Sussex, alvo de críticas no Reino Unido, não retornou ao país após o funeral da rainha Elizabeth II, em setembro de 2022. Seus filhos, Archie e Lilibet, foram vistos pela última vez no Reino Unido no 70º aniversário do reinado de Elizabeth II, em junho de 2022.
Para Richard Fitzwilliams, especialista em realeza, um encontro “em privado”, distante da mídia, poderia ser apenas o início de um longo processo com muitos obstáculos. Principalmente, considerando, segundo Fitzwilliams, que William não parece estar preparado para isso.
Com informações da AFP
Publicado por Nótaly Tenório
Fonte por: Jovem Pan