O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) manifestou sua discordância na terça-feira (9) em relação à declaração da Casa Branca sobre a viabilidade de sanções econômicas ou emprego do poder militar dos Estados Unidos contra o Brasil. Em comunicado oficial, a pasta declarou: “O governo brasileiro condena o emprego de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia. O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania.”
O Itamaraty também repudiou qualquer tentativa de grupos antidemocráticos de instrumentalizar governos estrangeiros para pressionar instituições nacionais. A posição do governo brasileiro veio após a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmar que o presidente Donald Trump “não tem medo de usar o poder econômico nem militar para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, em referência ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.
Na mesma data, a sessão retomou os votos do ministro Alexandre de Moraes e do ministro Flávio Dino, ambos favoráveis à condenação de Bolsonaro e dos sete réus considerados parte do núcleo da trama golpista. Durante a sessão, Dino ressaltou que nenhuma pressão externa influenciará na decisão do STF: “As pessoas acreditam que um tuíte de uma autoridade de um governo estrangeiro alterará um julgamento no Supremo?”, questionou.
Fonte por: Jovem Pan