“O Mágico de Oz” teve desafios e riscos para atores, incluindo dieta restrita de Judy Garland e uso de amianto em efeitos visuais
A produção de “O Mágico de Oz” (1939) foi marcada por desafios e condições de trabalho incomuns, refletindo as limitações tecnológicas da época. A busca por efeitos visuais inovadores e a ambição de criar um mundo mágico levaram a situações perigosas e preocupantes para os atores.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A história da produção revela detalhes pouco conhecidos sobre os bastidores do filme, incluindo os riscos enfrentados pela equipe e os problemas de saúde dos atores.
Um dos aspectos mais notórios da produção foi a dieta restrita imposta a Judy Garland, a atriz que interpretou a Dorothy. Com apenas 16 anos na época do filme, Garland foi submetida a uma dieta rigorosa, monitorada de perto pelo chefe do estúdio MGM, Louis B.
Mayer. A atriz era obrigada a consumir apenas caldo de galinha, café preto e, supostamente, 80 cigarros por dia, além de pílulas para reduzir seu apetite, conhecidas como “pep pills”. A pressão para manter uma aparência jovem e a dependência de anfetaminas a acompanharam até sua morte, aos 47 anos, em 1969.
Outro aspecto preocupante da produção foi o uso de materiais tóxicos para criar efeitos visuais. A “neve” da icônica cena do campo de papoulas era feita de amianto, um material altamente tóxico. Apesar dos riscos à saúde já serem conhecidos, os estúdios de cinema continuaram a usar o amianto devido às suas propriedades à prova de fogo e à sua capacidade de simular a neve real sob as luzes do Technicolor.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A venda comercial do amianto, sob nomes como “White Magic” e “Snow Drift”, demonstra a prioridade dada à estética em detrimento da segurança.
As condições de trabalho também afetaram a saúde de outros atores. Buddy Ebsen, originalmente escalado para o papel do Homem de Lata, desenvolveu uma grave doença pulmonar após a exposição à maquiagem de alumínio. Jack Haley, seu substituto, também enfrentou uma infecção ocular devido à aplicação da pasta de alumínio.
As histórias de saúde dos atores ilustram os riscos inerentes à produção cinematográfica da época.
Além dos problemas de saúde, a produção foi marcada por desafios técnicos e logísticos. A fantasia do Leão Covarde, com seu peso de quase 45 kg, causava grande desconforto ao ator Bert Lahr. Os sapatos vermelhos, originalmente prateados, foram alterados para atender às exigências do Technicolor.
A criação do tornado, com uma meia de musselina de 10 metros de comprimento, demonstra a complexidade dos efeitos práticos utilizados na época.
A história do filme também revela detalhes sobre os Munchkins, os pequenos seres da terra dos Munchkins. Mais de 100 atores com nanismo foram contratados para interpretar os Munchkins, muitos dos quais tinham sobrevivido à Grande Depressão ou fugido da perseguição nazista.
A suposta figura de um munchkin enforcado, que ganhou força com a análise quadro a quadro do filme em VHS, foi desmentida pela equipe de produção.
Autor(a):
Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!