O Kremlin afirma que, ao oferecer suporte à Ucrânia, a OTAN está “de fato em guerra com a Rússia”

Declaração ocorre em cenário de aumento da tensão na fronteira com a Polônia em razão de incidente envolvendo drones.

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(Imagem de reprodução da internet).

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) oferece apoio indireto e direto à Ucrânia. De acordo com ele, o bloco estaria, na realidade, em estado de guerra com a Rússia.

Peskov afirmou a jornalistas que a OTAN está em guerra com a Rússia, o que é evidente, e não requer nenhuma prova adicional.

Ele também ressaltou que atualmente são os europeus que estão intervindo no processo de busca de uma solução pacífica na Ucrânia, sem compreender as origens e as causas subjacentes da crise.

O representante afirmou que a Rússia permanece disposta a alcançar a paz por meio de canais políticos e diplomáticos.

A capital ucraniana alega que o processo está sendo artificialmente retardado, pois ninguém deseja explorar a natureza fundamental do conflito.

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O representante do Kremlin fez o comentário em um contexto de crescente tensão entre Rússia e Polônia, decorrente de um incidente com supostos drones russos, que foram abatidos em território polonês na quarta-feira passada (12), durante um ataque amplo da Rússia contra a região ocidental da Ucrânia. No mínimo, 19 drones invadiram o espaço aéreo da Polônia.

O incidente foi considerado um ato de agressão pelas forças militares polonesas. Representou a primeira vez que drones de origem russa foram derrubados no espaço aéreo polonês desde o início da guerra na Ucrânia.

A Rússia, contudo, declarou que houve uma “óbvia inconsistência das insinuações” por parte da Polônia e negou que a operação militar visasse territórios do país europeu. Moscou propôs realizar consultas com o Ministério da Defesa polonês após as acusações.

A crescente tensão entre Rússia e Polônia nos últimos dias também se refletiu na realização dos exercícios militares conjuntos russo-bielorrussos “Zapad-2025”, que iniciaram na sexta-feira (12) e se estenderão até terça-feira (16).

As manobras ocorreram primariamente na área de Minsk, isto é, longe da fronteira com os países da OTAN. Contudo, alguns exercícios foram conduzidos próximo à Polônia e à Lituânia.

O envio de 40 mil soldados à Polônia decorreu da realização de exercícios militares entre a Rússia e a Bielorrússia, denominados “Zapad-2025”.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou que as manobras militares representem qualquer tipo de ameaça aos países europeus. Segundo ele, a Europa Ocidental está adotando uma postura hostil em relação à Rússia, e essa situação está causando uma sobrecarga emocional.

Fonte por: Brasil de Fato

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