O Irã afirma que seu material nuclear está localizado em destroços de instalações atacadas por Israel

O rastreamento das substâncias, particularmente de 440 quilos de urânio enriquecido em 60%, representa uma incógnita e causa de tensões com o Ocidente a…

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TEHRAN (IRAN(Islamic Republic Of)), 14/06/2025.- An Iranian woman holds a poster of Iranian supreme leader Ayatollah Ali Khamenei during an anti-Israel rally in Tehran, Iran, 14 June 2025. Israel confirms it has launched strikes on Iran's 'nuclear program' as blasts are heard across the country. Israel launched strikes on Iran's nuclear and military facilities on 13 June, targeting top generals and scientists. In retaliation, Iran launched waves of missiles and drones toward Israel. (Teherán) EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH

O Irã declarou na quinta-feira (11) que seu material nuclear altamente enriquecido está localizado sob os destroços das instalações atômicas bombardeadas por Israel e Estados Unidos durante a guerra de 12 dias. “Todo o nosso material nuclear está sob os destroços causados pelos ataques às instalações bombardeadas”, afirmou o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, em uma entrevista à televisão estatal. “A Organização de Energia Atômica do Irã está avaliando se esses materiais são acessíveis ou não, e seu estado”, acrescentou.

O destino do material nuclear iraniano, particularmente dos 440 quilos de urânio enriquecido a 60%, é uma das incertezas e motivo de tensões com o Ocidente após a guerra de 12 dias, diante das suspeitas de que foi transferido antes dos bombardeios de Israel e Estados Unidos contra as instalações nucleares iranianas.

O Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) chegaram a um acordo na terça-feira para retomar as inspeções das instalações do país, interrompidas pelo Parlamento iraniano após a guerra. Essas inspeções incluiriam as instalações nucleares atacadas, conforme informado pelo diretor da AIEA, Rafael Grossi, na quarta-feira. Contudo, Araqchi esclareceu no mesmo dia que o acordo com a AIEA não concede, por ora, acesso a esse organismo às suas instalações atômicas.

O local-onde-se-encontra o material nuclear iraniano é uma das questões que inquietam Reino Unido, França e Alemanha, que, em 28 de agosto, acionaram o mecanismo de retomada de sanções da ONU, com prazo de 30 dias contra Teerã, devido à avaliação de que o Irã descumpriu de forma “clara e deliberada” o acordo nuclear de 2015.

A União Europeia propôs que Teerã estendesse o prazo do processo, que expira em 18 de outubro, caso o país retomasse a colaboração com a agência nuclear da ONU, comunicasse a localização de 400 quilos de urânio enriquecido a 60% e retornasse às negociações com os Estados Unidos. Por outro lado, o Irã afirma que o Reino Unido, a Alemanha e a França não possuem legitimidade para iniciar o processo de restabelecimento de sanções da ONU, considerando que não cumpriram suas obrigações do acordo nuclear de 2015.

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Com informações da EFE publicada por Fernando Dias.

Fonte por: Jovem Pan

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