O regime sionista pratica ocupação militar, assassinatos premeditados e fome disseminada contra os palestinos.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne em caráter de emergência, a partir das 11h (horário de Brasília) deste domingo (10), para debater o projeto de Israel de assumir o controle da cidade de Gaza e ampliar a ocupação sobre o território palestino.
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A decisão, divulgada pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e ratificada pelo parlamento do país, tem sofrido forte crítica da comunidade internacional e foi considerada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, como uma “escalada perigosa” no conflito.
A reunião do conselho foi convocada por Dinamarca, França, Grécia, Eslovênia e Reino Unido. O representante palestino na ONU, Riyad Mansour, declarou na sexta-feira passada que “esta escalada do governo israelense está em total contradição com a vontade da comunidade internacional”.
Já basta. Não precisamos de mais guerras, mais mortes, mais agonias, mais ocupações, mais genocídios. Os Estados Unidos, um membro permanente do Conselho de Segurança com direito a veto, provavelmente buscarão proteger seu firme aliado Israel de qualquer medida prática de censura, acrescentou Mansour.
A Autoridade Nacional Palestina criticou, no sábado (9), a decisão do governo israelense de ampliar as operações militares em Gaza e fez um apelo à comunidade internacional para cessar o bloqueio imposto pelo Estado de Israel à entrada de ajuda humanitária no território palestino.
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Apenas neste domingo, tropas de ocupação israelenses assassinaram 27 pessoas, a maioria delas enquanto aguardavam a distribuição de alimentos. A agressão israelense contra os palestinos já matou mais de 60 mil pessoas desde outubro de 2023, conforme relatam as autoridades de saúde de Gaza, com dados reconhecidos pela ONU.
Após 22 meses de conflito, o governo israelense enfrenta pressão internacional para interromper sua ofensiva em Gaza, onde mais de 2 milhões de palestinos estão sob risco de “fome generalizada”, de acordo com a ONU. No sábado, o governo brasileiro emitiu uma nota em que “condena a decisão do governo israelense de ampliar as operações militares na Faixa de Gaza, incluindo a nova incursão à Cidade de Gaza, medida que deverá agravar a catastrófica situação humanitária da população civil palestina, marcada por cenários de mortes, deslocamento forçado, destruição e fome”.
A declaração do Itamaraty complementa que a Faixa de Gaza — juntamente com a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental — é uma parte integrante do Estado da Palestina, o Brasil renova o pedido por um desmanteamento total e urgente das forças israelenses do território, e reforça a necessidade de um alto-horário permanente, da libertação dos sequestrados e do acesso irrestrito de assistência humanitária à população palestina.
Cinquenta minutos antes do início da reunião do Conselho de Segurança, o primeiro-ministro israelense fará um pronunciamento sobre o plano de ocupação de Gaza, um dia após milhares de manifestantes terem saído às ruas de Tel Aviv, no sábado (9), para solicitar o encerramento do conflito. No protesto, os indivíduos exibiram cartazes e imagens dos presos ainda detidos no território palestino e reivindicavam ao governo a obtenção de sua libertação.
A Agência France Press (AFP) Shahar Mor Zahiro, familiar de um refém, declarou: “Terminaremos com uma mensagem direta ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: se você invadir partes de Gaza, e os reféns forem assassinados, nós iremos atrás de você nas praças das cidades, nos comícios eleitorais, o tempo todo e em todos os lugares”.
Com informações da AFP
Fonte por: Brasil de Fato
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