O Alba Movimentos solicita articulação internacional contra a ‘operação midiática’ dos EUA na Venezuela

Grupo sustentou a alegação do governo venezuelano de que vídeo divulgado pela Casa Branca foi gerado por inteligência artificial.

04/09/2025 19:03

3 min de leitura

The US Navy warship USS Sampson (DDG 102) docks at the Amador International Cruise Terminal in Panama City on September 02, 2025. Venezuelan President Nicolas Maduro said on September 1, 2025, that eight US military vessels with 1,200 missiles were targeting his country, which he declared to be in a state of "maximum readiness to defend" itself. (Photo by Martin BERNETTI / AFP)
The US Navy warship USS Sampson (DDG 102) docks at the Amador In...

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) solicitou a organização de uma articulação internacional contra as ameaças dos Estados Unidos à Venezuela. De acordo com a Alba, o envio de tropas para o sul do Caribe constitui uma “operação midiática” contra o governo chavista e o vídeo apresentado por Washington é impreciso para justificar qualquer ataque contra os venezuelanos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os movimentos populares da Venezuela, reunidos na Alba, emitem sua denúncia contra a operação midiática dos Estados Unidos, que visa apresentar uma suposta operação militar com o objetivo de abrir caminho para uma suposta ação militar contra a Venezuela. O grupo afirmou que o vídeo exibe uma imagem pouco clara, sem data, sem localização, de uma lancha genérica.

A Alba sustentou a tese do governo venezuelano de que o vídeo foi produzido por Inteligência Artificial e afirmou que o objetivo dos EUA é gerar um sentimento de angústia e apreensão na população com base em um conteúdo falso e ameaças militares. De acordo com a organização, isso atende aos interesses de latino-americanos de extrema direita que residem em Miami.

Isso provoca um sentimento de angústia que não corresponde à realidade. Tal fato constitui um falso positivo, gerando preocupação em toda a região. A ideia desse grupo “miamero” coordenado por Rubio [Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA] é atacar a América Latina e interromper os projetos de libertação. Defendemos a América Latina como uma zona de paz. “Máxima consciência e máxima mobilização”, afirma a Alba.

Em total, grupos de comunicação de 13 países assinaram a declaração.

LEIA TAMBÉM:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O texto da Aliança também recorda o histórico de ataques e ameaças dos EUA à Venezuela. Em 2015, o então presidente Barack Obama assinou a Ordem Executiva 13692 declarando o país sul-americano como uma “ameaça inusual para a segurança interna dos Estados Unidos”. Além disso, a Alba destacou as sanções impostas contra a economia venezuelana e a denúncia do Cartel de los Soles pela Casa Branca.

A Alba afirma que as ameaças contra a Venezuela representam uma agressão para toda a região.

Uma agressão à Venezuela é um precedente que se abre na região e permite a passagem do fascismo em todo o continente. Por isso é importante tomar o poder político. Por isso outros países que têm governos representados pela burguesia apoiam. E Rubio visita esses países para mostrar a subordinação desses governos aos EUA.

A Alba reiterou a importância da formação de uma rede de comunicação para se manifestar de forma contundente contra tais medidas, envolvendo grupos de comunicação alternativos. A Aliança também anunciou uma programação de atividades para expor as ameaças americanas, incluindo um novo período de recrutamento na Milícia Nacional Bolivariana.

Os movimentos populares que participaram do evento evidenciaram o preparo militar da Venezuela e a capacidade de resistência não apenas das Forças Armadas, mas também das forças populares. Ressaltaram que as comunas são parte fundamental nesse processo e que serão estabelecidas unidades de combate milicianas nas comunas.

Alba declarou estar atenta à sua missão, afirmando que não cumprirá o estabelecido. Ela enfatizou a necessidade de uma reação unificada diante dessas ameaças.

Fonte por: Brasil de Fato

Autor(a):