“O Agente Secreto” causa impacto nos cinemas do Brasil após exibição em Cannes. Wagner Moura interpreta professor que busca refúgio da ditadura militar.
“O Agente Secreto” estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (6), após sua exibição no Festival de Cannes em maio. A produção, dirigida por Kleber Mendonça Filho, mergulha na atmosfera da ditadura militar brasileira. O filme acompanha o professor Marcelo, interpretado por Wagner Moura, que busca recomeçar sua vida após retornar à sua cidade natal, encontrando refúgio em uma casa de refugiados e tentando se esconder de seu passado sombrio.
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A trama se desenvolve com digressões entre o presente e o passado, culminando em um final que alguns consideram anticlimático. A chegada de matadores de aluguel, Bobbi (Gabriel Leone) e Augusto (Roney Villela), contratados para caçar Marcelo, intensifica a tensão.
Um terceiro matador, Vilmar (Kaiony Venâncio), um estivador de Recife, é inserido na história, utilizando o nome real do professor para encontrá-lo.
Vilmar infiltra-se em um local de identificação, alertando Marcelo sobre o perigo iminente. O professor, utilizando sua influência com o delegado Euclides (Robério Diógenes), denuncia a situação, buscando a intervenção da polícia. A ação resulta em um confronto entre os agentes e Vilmar, que mata os oficiais e foge, deixando um rastro de sangue em Recife.
A conclusão do arco narrativo do passado ocorre com o assassinato de Vilmar, e a sobrevivência de Marcelo. A produção retorna à pesquisa das pesquisadoras de uma universidade, no presente, que reconstroem a história do professor através de depoimentos e notícias.
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Através de uma manchete de jornal, Flávia (Laura Lufési) e o público descobrem que Marcelo/Armando foi posteriormente assassinado pelo regime militar. A cena da morte é mostrada de forma abrupta, com uma foto do corpo baleado no chão, sem encenação.
A narrativa se expande com a viagem de Flávia até Recife, onde ela encontra Fernando (Wagner Moura), filho de Marcelo/Armando, criado pelos avós e que se tornou médico em uma unidade de doação de sangue. Durante a conversa, Flávia tenta preencher as lacunas das gravações e notícias sobre a vida do professor, mas Fernando se mantém reservado sobre suas memórias.
Flávia recebe um pen drive com os arquivos sobre seu pai, que Fernando sequer se propõe a analisar. A última cena mostra o adeus de Flávia e Fernando na porta do centro médico, que outrora fora um antigo cinema de Pernambuco.
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