A Nvidia conseguiu acalmar os investidores nesta quinta-feira, 20, após a divulgação de resultados superiores às expectativas de Wall Street. A empresa, com uma capitalização de mercado de US$ 4,5 trilhões, gerou debates sobre a possibilidade de uma bolha no mercado de inteligência artificial (IA).
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No horário de Brasília, às 7h43, as ações da companhia apresentavam um aumento de cerca de 5% no pré-mercado, acumulando uma alta de 39% ao longo do ano. A projeção de receita de US$ 65 bilhões para o trimestre de janeiro, que representa um acréscimo de aproximadamente US$ 3 bilhões em relação às previsões dos analistas, contribuiu para o otimismo.
Análise do Gerente de Portfólio
Brian Mulberry, gerente de portfólio da Zacks Investment Management, que possui ações da Nvidia, reforçou a força da demanda por soluções de hardware da empresa, especialmente nos grandes centros de dados. Ele ressaltou que a posição da Nvidia se mostra vantajosa em relação a concorrentes como AMD e Broadcom, que buscam ganhar espaço no mercado de chips para IA.
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Preocupações do Investidor
Michael Burry, conhecido por sua atuação na crise financeira de 2008, expressou ceticismo em relação ao mercado de IA e ao alto consumo de energia associado aos chips da Nvidia. Em sua plataforma X (antigo Twitter), Burry destacou que o chip A100, mais antigo da empresa, demanda de 2 a 3 vezes mais energia por operação (FLOP) em comparação com os chips mais recentes, como o H100.
Ele também questionou a eficiência energética da Nvidia, apontando que os H100 são 25 vezes menos eficientes do que os chips Blackwell, mais recentes.
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Comparação com Tecnologias Antigas
Burry comparou a situação a aviões antigos, que, apesar de ainda em uso, apresentam margens de lucratividade limitadas. Ele enfatizou que a ineficiência energética dos chips da Nvidia pode comprometer a viabilidade econômica do investimento a longo prazo no setor de IA.
