Nubank acusa Febraban de tentar prejudicar fintechs com “argumentos tortuosos”

Bancos buscam dificultar concorrência, tentando penalizar fintechs, aponta plataforma de serviços financeiros.

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(Imagem de reprodução da internet).

Nubank e Febraban Trocam Acusações sobre Impostos

O Nubank intensificou sua disputa com os bancos tradicionais nesta terça-feira, 21 de outubro de 2025, ao criticar uma nota publicada pela Febraban na segunda-feira, 20 de outubro de 2025. A fintech argumenta que a entidade utiliza “argumentos tortuosos” para tentar prejudicar a concorrência e penalizar as fintechs, que têm desempenhado um papel crucial na inclusão financeira de 58% de seus clientes.

A plataforma de serviços financeiros digitais expressou satisfação com o reconhecimento público da Febraban de que as fintechs já pagam taxas efetivas de impostos superiores às cobradas dos grandes bancos. No entanto, a entidade continua a apresentar argumentos questionáveis para tentar limitar a concorrência e penalizar as fintechs.

O ex-presidente do Banco Central e chefe global de Políticas Públicas do Nubank, Roberto Campos Neto, reforçou a posição da empresa, afirmando que as fintechs já pagam mais impostos do que os bancos tradicionais. Campos Neto, que liderou o Banco Central de 2019 a 2024, destacou a existência de “grandes ruídos” na discussão sobre o aumento das alíquotas da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para as fintechs.

Campos Neto enfatizou que as fintechs não buscam tratamento privilegiado, mas sim um tratamento justo, com capacidade de competir e tem demonstrado que consegue bancarizar com lucratividade. Ele ressaltou que grande parte da bancarização foi realizada pelas fintechs.

A Febraban respondeu que as fintechs possuem margem de lucro maior que os bancos. Segundo levantamento da entidade, as fintechs brasileiras pagam uma alíquota de CSLL de 5 a 11 pontos percentuais menor do que a cobrada dos bancões. A entidade declarou que é “constrangedor não admitir que bancos e fintechs” fazem o mesmo empréstimo e tenham alíquotas nominais diferentes para taxar o lucro das atividades.

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O relatório dos bancos argumenta que o resultado matemático indica que a alíquota efetiva é maior nas fintechs, mas a avaliação “não reflete” os impostos efetivamente recolhidos à Receita Federal pelos bancos e não justifica a cobrança de alíquotas nominais distintas para fintechs com a mesma operação.

O Nubank se orgulha de ter liderado uma “transformação no setor”, impulsionando maior concorrência, acesso a crédito, redução de juros e oferta de produtos e serviços financeiros inovadores. A empresa opera com um modelo de negócios eficiente, utilizando tecnologia e cumprindo as regulamentações, pagando uma taxa efetiva de imposto de 34,1%, a mais alta entre as maiores empresas do setor.

Conclusão

O Nubank continua a defender sua posição, buscando um ambiente de concorrência justa e oportunidades para o crescimento do setor financeiro digital no Brasil.

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