Novo projeto expõe imagens da vida cotidiana em cidade turística de Minas Gerais

O Diário de Sons, de Bill Davison, apresenta paisagens e locais singulares de São João del-Rei.

09/09/2025 17:55

3 min de leitura

Novo projeto expõe imagens da vida cotidiana em cidade turística de Minas Gerais
(Imagem de reprodução da internet).

A cidade de São João del-Rei recebeu uma nova perspectiva artística: o projetoDiário de Sons”, que apresenta oito composições instrumentais com vídeos que ilustram paisagens incomuns e cenas da vida cotidiana em São João del-Rei – locais que não chamam a atenção de turistas, porém fazem parte da rotina dos moradores.

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O vídeoarte é resultado da colaboração entre um músico de Brasília e um videomaker de Pernambuco e está disponível no YouTube, em seu lançamento oficial.

Composição musical

O músico Bill Davison compôs todas as músicas, com foco na música brasileira e no choro. Em sua obra, utiliza flauta, saxofone, violão, piano, guitarra, baixo, charango e as sonoridades de instrumentos como mellotron, órgão e sintetizadores.

Bill nasceu em Brasília, estudou na Universidade Federal de Brasília (UnB) e permaneceu após um intercâmbio na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Obteve o título de mestre pelo conservatório Codarts na Holanda. Em São João, integrou bandas locais, como Chora Genésio e Soul Charm, e lançou o álbum Falta Uma Parte, com Pablo Araújo. Atualmente, está estreando seu primeiro álbum solo.

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O Diário de Sons surgiu da concepção de unir composição, criação e associar as músicas a imagens da cidade em que o músico residia na época. O projeto expandiu-se e recebeu aprovação na Lei de Incentivo à Cultura Paulo Gustavo, sendo lançado em 27 de agosto no Centro Cultural da UFSJ e, no dia 28 de agosto, em seu canal no YouTube.

A captação das imagens foi realizada por Saulo Santiago, fotógrafo e videomaker de Pernambuco, com uma abordagem livre e intuitiva, valorizando a dinâmica do cotidiano da cidade. O vídeo foi concebido sob a ótica de um morador de São João, com cenas do seu trajeto diário, o que está diretamente relacionado com o nome do projeto, explica Saulo. “Fizeram-se pelos encontros que iam ocorrendo quando colocava a câmera na rua, não é à toa que aparecem alguns idosos fumantes e passarinhos”, comenta.

Na edição, também de Saulo, cada faixa do Diário de Sons apresenta um argumento em vídeo próprio, com colagens, efeitos, ritmo e transições distintos. Um dos exemplos mais notáveis é o da primeira faixa, que Saulo resume:

Tudo começa com um homem que se prepara com calma para uma tempestade que se aproxima, as pessoas se transformam e alguém chega a perder a sanidade, e então os pombos partem, a serra parece maior do que realmente é, contudo a tempestade é uma ilusão. O céu se abre e o rio continua brilhando no canal.

Este projeto demonstra o talento musical de uma cidade e evidencia a importância do apoio de editais governamentais para a realização de iniciativas culturais. O retorno não se limita ao aspecto simbólico.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstrou que o investimento da Lei Paulo Gustavo no estado do Rio de Janeiro, no valor de R$ 139 milhões, produziu um resultado seis vezes superior. Na prática, cada R$ 1 investido no estado gerou R$ 6,52. A execução dos projetos resultou ainda em R$ 132 milhões em impostos. Assim, de acordo com o levantamento, o Estado teria arrecadado quase a mesma quantia que aplicou.

Os vídeos disponibilizam audiodescrição e legendas descritivas para garantir acessibilidade. A equipe também inclui Leonardo Avelar, responsável pela mixagem e masterização no Estúdio El Ninho.

Acompanhe, escute e adote no YouTube, no Spotify e no Instagram.

Fonte por: Brasil de Fato

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