Mercado de agonistas GLP-1 dispara com US$ 54 bilhões em 2024! Novo Nordisk, Lilly e Amgen lideram inovações com comprimidos e novas formulações. Avanços prometem maior eficácia e facilidade de uso
A demanda por medicamentos para perda de peso, baseados em agonistas de GLP-1, continua robusta. Em 2024, o mercado global movimentou US$ 54 bilhões, e as projeções indicam um crescimento contínuo. Esses medicamentos, comercializados sob diversos nomes, não apenas auxiliam na redução de medidas, mas também demonstram capacidade de promover a perda de peso.
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As farmacêuticas estão intensificando a disputa por espaço nesse mercado bilionário, o que deve resultar em um aumento da oferta de produtos a partir de 2026. Uma nova geração de medicamentos para emagrecer está em desenvolvimento, prometendo maior facilidade de uso, maior potência e efeito prolongado.
Um dos avanços mais significativos será a estreia dos primeiros GLP-1 administrados por via oral.
A Novo Nordisk, responsável por Wegovy e Ozempic, prepara o lançamento de um comprimido da semaglutida, o mesmo princípio ativo das canetas. Estudos iniciais mostraram uma perda de peso média de 16,6% em um ano. A Eli Lilly, fabricante de Mounjaro e Zepbound, também avança com seu comprimido de orforglipron, que registrou uma redução de 12,4%.
Apesar de menos eficazes que as injeções, que entregam quedas de 16% a 23% no mesmo período, os comprimidos tendem a ser mais práticos. Ahmed Ahmed, do Imperial College London, alerta que esses resultados podem não se repetir fora dos ensaios clínicos, devido à possibilidade de esquecimento ou pulos nas doses.
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Ao mesmo tempo, versões mais avançadas dos injetáveis também se aproximam. Em 2026, a Lilly prepara o “Godzilla” dos medicamentos para emagrecimento, o retatrutide, um “triplo agonista” que aciona três receptores ligados ao controle de peso.
Em testes de fase dois, participantes perderam 24% do peso corporal em 48 semanas.
A Novo Nordisk também desenvolve o CagriSema, que combina Wegovy com um análogo de amilina. Em ensaios de fase três, essa combinação mostrou uma perda de 23%. Além disso, há uma corrida por injeções de GLP-1 de ação prolongada, com a Amgen desenvolvendo o MariTide, que pode levar a uma perda de cerca de 20% após um ano.
A corrida pelas canetas de emagrecimento tende a impulsionar os lucros das farmacêuticas. No entanto, a concorrência pode pressionar os preços, especialmente para terapias de primeira geração. É provável que sistemas de saúde financiados pelo governo façam acordos em larga escala, ampliando o acesso.
A expiração da patente da semaglutida em diversos mercados, exceto América e Europa, em 2026, abrirá espaço para versões genéricas, aumentando a disponibilidade em países como Brasil, China e Índia.
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