Novo clone de cajueiro BRS 805 da Embrapa promete revolucionar cajucultura cearense

Embrapa lança clone BRS 805 de cajueiro para Ceará! Nova cultivar promete maior produtividade e resistência a doenças, impulsionando a cajucultura.

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(Imagem de reprodução da internet).

Lançamento do Clone de Cajueiro BRS 805 pela Embrapa

A Embrapa anuncia o lançamento do clone de cajueiro BRS 805, uma nova cultivar desenvolvida para a região litorânea do Ceará e áreas afins. O objetivo é fortalecer a cajucultura do estado, principal produtor nacional de castanha. O novo clone promete maior produtividade em comparação com a cultivar mais plantada, oferecendo uma alternativa para os produtores.

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Desenvolvimento e Características do BRS 805

O desenvolvimento da variedade remonta ao início da década de 1990, conforme explica o pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical e coordenador do Programa de Melhoramento Genético do Cajueiro. O clone foi originado de um experimento em uma fazenda em Pio IX (PI), utilizando uma planta selecionada para a produção de progênies.

O experimento foi instalado no Campo Experimental de Pacajus, e a planta filha, identificada como PRO 805/4, foi clonada e avaliada.

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Desempenho e Produtividade

Desde 2003, o clone passou por avaliação em condições de sequeiro em Pacajus e, posteriormente, em Cruz e Itapipoca. Em condições ideais de manejo, o BRS 805 alcança produtividades médias de 1.800 kg de castanha por hectare (5º ao 7º ano de idade), o dobro da média do clone CCP 76.

A produção anual de pedúnculo também é o dobro, atingindo 23,8 toneladas por hectare.

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Resistência e Benefícios

Além da alta produtividade, o BRS 805 se destaca pela maior segurança fitossanitária, sendo resistente ao mofo-preto, antracnose e septoria. Sua tolerância ao oídio, principal doença da cajucultura brasileira, também é superior à do clone CCP 76, reduzindo a necessidade de aplicação de fungicidas e garantindo maior segurança alimentar.

Considerações Finais e Perspectivas

A chegada do BRS 805 representa um momento de inflexão para a cajucultura, com duas opções: manter o modelo semiextrativista ou adotar um modelo de alto rendimento. A Embrapa incentiva a adoção do modelo tecnificado, que visa superar 1.500 kg de castanha por hectare, com uniformidade, alto rendimento de amêndoas e aproveitamento de pedúnculo superior a 50%.

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