Nova York homenageou, na quinta-feira (11), as vítimas dos ataques do 11 de Setembro de 2001, 24 anos após o episódio que resultou na morte de quase 3.000 pessoas e alterou a história dos Estados Unidos.
Eventos comemorativos foram realizados no Ground Zero, em Manhattan, local onde as torres do World Trade Center foram destruídas em um ataque coordenado, que também envolveu a colisão de um avião com o Pentágono, em Washington, e a queda de outra aeronave, o voo 93, na Pensilvânia, após os passageiros confrontarem o sequestrador.
As homenagens deste ano acontecem em um cenário político delicado após o assassinato do influenciador Charlie Kirk, que mantinha proximidade com o presidente Donald Trump. Kirk, ativista de extrema direita com 31 anos, foi vítima de um tiro no pescoço na quarta-feira, durante um evento na Utah Valley University.
Trump não comparecerá às cerimônias em Manhattan, mas sim a uma partida de beisebol no Yankee Stadium na noite desta quinta-feira. O vice-presidente JD Vance, que previa participar dos eventos em Nova York, optou por apresentar suas condolências à família de Kirk em Utah.
Dia Terrível
Em Nova York, a cidade mais populosa dos EUA, ocorre uma disputa eleitoral pela prefeitura com o candidato democrata socialista Zohran Mamdani, o ex-governador Andrew Cuomo e o atual prefeito Eric Adams. Os eleitores da cidade participarão da votação em 4 de novembro. Adams esteve presente em uma cerimônia na quinta-feira ao lado do republicano Rudy Giuliani, que governou a cidade durante a tragédia.
LEIA TAMBÉM!
Forças armadas nepalesas assumem o controle de Katmandu após manifestações violentas
Indivíduo acusado de assassinar Charlie Kirk, aliado de Trump, permanece foragido nos EUA
O Parlamento Europeu manifesta apoio à proposta de suspender o acordo com Israel, contudo, não menciona a ocorrência de genocídio
Trump atacou consistentemente Mamdani, um muçulmano e cidadão americano naturalizado, descrevendo-o como um “lunático comunista”, ao mesmo tempo em que um representante republicano solicitou sua deportação. O candidato democrata socialista lidera a corrida com uma margem de 22 pontos, conforme indicado pelas últimas pesquisas do The New York Times e Siena. “Este foi um dia terrível que também marcou para muitos nova-iorquinos o momento em que foram percebidos como ‘o outro’”, declarou Mamdani ao The New York Times, em referência ao aumento dos ataques islamofóbicos após o 11 de Setembro.
A cidade de Nova York observou um minuto de silêncio às 8h46, horário em que o voo 11 foi sequestrado e colidiu com a Torre Norte do World Trade Center. Em seguida, igrejas da cidade tocaram seus sinos em memória do evento, e familiares das vítimas homenagearam os falecidos no Ground Zero, lendo os nomes dos mortos. O balanço oficial de vítimas do 11 de Setembro foi de 2.977 pessoas, incluindo passageiros e tripulação dos quatro aviões sequestrados, vítimas das Torres Geminadas, bombeiros e funcionários do Pentágono. Esse número não contabiliza os 19 terroristas da Al-Qaeda.
Com informações da AFP
Fonte por: Jovem Pan