Netflix e “Stranger Things” consolidam modelo de parcerias comerciais após sucesso da 5ª temporada. A série impulsiona ações de marcas como Pringles e Yoki
O lançamento da quinta e última temporada de “Stranger Things” no streaming já demonstra um movimento que vai além da simples exibição de um novo episódio. A plataforma Netflix está explorando uma nova fase de parcerias comerciais, consolidando um modelo que se tornou um dos maiores sucessos do setor.
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Essa estratégia, que se inicia antes mesmo do Super Bowl, demonstra a capacidade do streaming de gerar um impacto significativo no mercado publicitário e de consumo.
Desde sua estreia em 2016, “Stranger Things” se tornou um produto valioso para a Netflix, impulsionando o consumo, o turismo, a música, a moda e a alimentação, assim como ocorreu com “Star Wars”. A plataforma estabeleceu um modelo de financiamento por ativações de marca, que ganhou força com o sucesso da série.
Essa abordagem, que envolve parcerias com diversas marcas, visa maximizar o retorno sobre o investimento e prolongar a vida comercial do conteúdo.
A temporada final reuniu 26 empresas parceiras, abrangendo setores como alimentos, vestuário, brinquedos e papelaria. A Pringles, por exemplo, lançou dois sabores inspirados na série, enquanto a Yoki criou uma pipoca com sabor azul e a Seara desenvolveu uma linha de snacks temáticos.
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A Coleman e a BIC também se envolveram com produtos licenciados e ações criativas, como a transformação da BIC 4 Cores em um item colecionável.
As marcas parceiras implementaram diversas estratégias de marketing e engajamento, aproveitando o apelo da série e a nostalgia dos anos 1980. A Nestlé recriou o mercado fictício de Hawkins com uma experiência de “pause ads”, enquanto a McDonald’s ativou uma campanha multicanal com referências à série.
Essas ações visam criar uma experiência imersiva para os fãs e fortalecer o vínculo entre a marca e o universo de “Stranger Things”.
O volume de marcas envolvidas reforça o uso de séries como plataformas de negócios. Para o streaming, as ativações ajudam a distribuir custos de produção, gerar novas receitas e prolongar a vida comercial dos títulos dentro e fora da plataforma.
Com o desfecho de “Stranger Things”, a Netflix opera um modelo de escala que combina nostalgia, comunidade de fãs e a previsibilidade do encerramento da trama para ampliar o alcance das parcerias e fortalecer o valor econômico do conteúdo original.
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