Netanyahu reúne aliados para discutir plano de Trump em Gaza
Primeiro-ministro de Israel ainda não realizou discussão formal com o gabinete sobre plano de Donald Trump para a Faixa de Gaza.

Plano de Cessar-Fogo de Trump em Gaza: Reuniões e Objeções na Coalizão Israelense
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reuniu aliados da coalizão de ultradireita, Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, na noite de sábado (4) para discutir a proposta de cessar-fogo do presidente Donald Trump, conforme revelaram duas fontes israelenses.
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Ben Gvir e Smotrich não receberam informações sobre a resposta do Hamas ao plano de Trump, que foi divulgado na sexta-feira (3), nem sobre o subsequente apelo do presidente a Israel para interromper os bombardeios na Faixa de Gaza, devido ao Shabat, dia de descanso semanal no judaísmo.
Netanyahu ainda não conduziu uma discussão formal com o gabinete sobre o plano de Trump, e uma votação ministerial não foi agendada.
Ben Gvir e Smotrich já haviam expressado objeções repetidas à proposta de Trump, ameaçando deixar o governo de coalizão caso a guerra não termine antes de seus objetivos serem alcançados.
Segundo uma fonte da CNN, Ben Gvir informou a Netanyahu durante uma reunião de gabinete na quinta-feira (2) que o plano era “cheio de falhas, não atinge os objetivos da guerra e prejudica a segurança de Israel”.
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Smotrich, por sua vez, escreveu na rede social X na semana passada, criticando o plano como “um retumbante fracasso diplomático para Israel que terminará em lágrimas”, descrevendo-o como “uma tragédia de uma liderança que foge da verdade”.
Entenda o plano dos EUA para Gaza
A Casa Branca divulgou na segunda-feira (29) os principais pontos do plano apresentado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.
A proposta do governo americano prevê a criação de um governo internacional temporário, denominado “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair.
O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina.
O plano de Trump prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos. Em troca, Israel libertará presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza.
O acordo sugere ainda que Gaza não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no governo do território. Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados.
A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a desmilitarização do território.