Netanyahu espera retorno de reféns nos próximos dias após negociações no Egito

Benjamin Netanyahu declarou que equipes de negociação egípcias se deslocam para finalizar os aspectos técnicos do acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA.

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(Imagem de reprodução da internet).

Retorno de Reféns é Prioridade de Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (do partido Likud, de direita), anunciou neste sábado (4 de outubro de 2025) que espera “nos próximos dias” o retorno de todos os reféns ainda mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza. A declaração foi feita durante um pronunciamento transmitido pela televisão.

Netanyahu expressou otimismo, afirmando que, durante o feriado de Sucot, que começa na segunda-feira (6 de outubro), ele poderá anunciar a libertação de todos os reféns, enquanto as Forças Armadas de Israel (IDF) continuam suas operações na Faixa de Gaza e em territórios controlados pelo Hamas.

Negociações em Curso com Mediação Egípcia

O feriado judaico de Sucot ocorrerá de segunda a 13 de outubro. A declaração do premiê israelense surge um dia após o Hamas ter concordado em liberar os reféns e negociar o fim da guerra em Gaza, conforme os termos apresentados pelos Estados Unidos na segunda-feira (29 de setembro). Netanyahu ordenou que uma equipe de negociação viaje ao Egito para finalizar os detalhes da trégua.

A intenção é limitar as negociações a poucos dias, com conversas entre representantes de Israel, do Hamas, dos EUA e dos mediadores egípcios começando na segunda-feira (6 de outubro). Netanyahu reforçou a importância da agilidade nas tratativas, citando a exigência de Donald Trump.

Pressão e Ultimato de Trump

Donald Trump, em seu perfil na Truth Social, alertou que o Hamas “deve agir rapidamente, ou então todos os acordos estarão cancelados”. O republicano havia dado um ultimato ao grupo extremista na sexta-feira (3 de outubro), afirmando que um “inferno como ninguém jamais viu” se abateria sobre a organização caso uma sinalização positiva sobre a proposta norte-americana não viesse até 19h (horário de Brasília) deste domingo (5 de outubro).

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Proposta de Paz para Gaza

A proposta de paz de Trump culmina na criação do Estado Palestino, como pretendido pela população local, por nações árabes e por países ocidentais. O acordo estabelece dezenas de condições e não determina um prazo para ser concluído. Os EUA exigem a soltura de todos os sequestrados que ainda estão vivos e a entrega dos corpos dos que morreram. A liberação deve ser feita em até 72 horas depois do aval oficial do plano de paz pelo governo de Israel. Depois disso, as etapas serão cumpridas mediante aprovação do futuro governo de transição.

Um dos pontos mais debatidos do acordo é a criação de um comitê de paz liderado por Trump que supervisionará o governo de transição. O presidente norte-americano não deu detalhes sobre esse grupo. Além dele, só o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair (Partido Trabalhista), foi confirmado como integrante. A Casa Branca afirma que outros chefes de Estado e de Governo ainda serão anunciados.

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