Netanyahu é alvo de protesto em Nova York contra a guerra em Gaza

Manifestantes Confrontam Netanyahu em Nova York Contra a Guerra em Gaza

Cerca de 2.000 pessoas participaram de uma marcha nesta sexta-feira (26) em Nova York, demonstrando sua oposição à presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU. O evento, que se desenrolou de forma pacífica, iniciou-se na Times Square com o objetivo de se aproximar o máximo possível da sede da ONU, onde o acesso é restrito a pessoas com credenciais.

A Marcha e as Demandas dos Manifestantes

Os participantes brandiam bandeiras palestinas e cartazes com o rosto de Netanyahu, expressando palavras de ordem pró-Palestina. A mobilização, embora significativa, não atraiu o mesmo número de participantes que outras manifestações semelhantes realizadas na cidade no último ano. Os manifestantes exigiram que Netanyahu seja julgado no Tribunal de Haia e o acusaram de bombardear crianças, além de gritar contra o que consideram um “genocídio” e a fome que afeta os habitantes de Gaza.

Eles também defenderam o embargo de armas a Israel e lembraram dos mais de 210 jornalistas que foram assassinados na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023. A demonstração foi marcada por um forte sentimento de indignação e repúdio à situação no enclave.

Reações e Críticas

Nidaa Lafi, membro da Palestinian Youth Movement, declarou no início da marcha: “É uma vergonha para esta cidade que ele esteja aqui”. Lafi enfatizou que Netanyahu “deveria estar sendo julgado em Haia por crimes contra a humanidade”, e apontou que os países que estão reconhecendo o Estado palestino agora – como Reino Unido ou Canadá – “querem lavar sua imagem”.

“O reconhecimento não serve para nada sem bloqueio econômico e comercial, assim como sem sanções para Netanyahu e todo o establishment israelense”, acrescentou Lafi.

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Participação de Outros Grupos e Críticas aos EUA

Joe Brown, representante do Partido pelo Socialismo e Libertação dos EUA, também participou da marcha, criticando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu antecessor, Joe Biden. “Trump disse ontem que não permitirá que Israel anexe a Cisjordânia, isso significa que a devastação de Gaza tem sido com a conivência dos EUA, de Biden a Trump”, apontou.

Entre os convocadores da marcha estavam, além do Palestinian Youth Movement, outros coletivos como Jewish Voices for Peace e o Palestinian Feminist Collective.

*Com informações da EFE

Publicado por Nícolas Robert