Conflito em Gaza: Discurso de Netanyahu na ONU e Reações Internacionais
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, proferiu um discurso contundente na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (26), afirmando que aceitar a criação de um Estado palestino representaria um “suicídio nacional” para Israel e que desejava “terminar o trabalho” em Gaza “o mais rápido possível”. O discurso, realizado em hebraico e inglês, foi marcado pela ausência de grande parte das delegações e por um clima de tensão.
Discurso e Acusações
Netanyahu acusou a comunidade internacional de permitir “mentiras antissemitas” e expressou a crença de que existe um acordo para encerrar a guerra em Gaza. O líder israelense criticou especificamente os países europeus por pressionar Israel a estabelecer um cessar-fogo e negociar o resgate de reféns, alegando que a propaganda do Hamas está sendo disseminada. Ele também mencionou a necessidade de desmantelar o “eixo do mal” liderado pelo Irã, incluindo ataques a instalações nucleares do regime de Teerã e assassinatos de líderes do Hezbollah e do Hamas.
Reações e Acordos Propostos
O presidente americano, Donald Trump, declarou anteriormente que “achava que tínhamos um acordo” para recuperar os reféns e encerrar a guerra. Ele apresentou um plano de 21 pontos aos países árabes, incluindo um cessar-fogo permanente em Gaza, a libertação dos reféns israelenses, a retirada israelense do enclave e um futuro governo em Gaza sem o Hamas. A ofensiva israelense já causou mais de 65.400 mortes palestinos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Isolamento e Críticas
O discurso de Netanyahu ocorreu em um contexto de crescente isolamento para Israel, com o reconhecimento de um Estado palestino por países como França, Canadá, Reino Unido, Austrália e Portugal. O grupo de manifestantes que recebeu Netanyahu do lado de fora da ONU expressou sua oposição à guerra e à ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o líder israelense. A situação é complexa, com o Hamas acusando Israel de “isolamento” devido à guerra em Gaza.
Conclusão
A situação em Gaza continua a ser um ponto focal de tensões internacionais, com Netanyahu buscando reafirmar sua posição e pressionar por uma resolução rápida do conflito. O futuro das negociações e a possibilidade de um cessar-fogo permanecem incertos, enquanto a comunidade internacional busca maneiras de aliviar a crise humanitária e promover a paz na região.
