Netanyahu alega que o ataque no Catar se deve ao atentado do Hamas em Jerusalém
O primeiro-ministro e o ministro da Defesa israelenses declararam que a operação foi “plenamente justificada” pelas “ações assassinas” cometidas pelos l…

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, justificou o ataque israelense desta terça-feira contra líderes do grupo islâmico palestino Hamas no Catar, como resposta ao atentado de segunda-feira em Jerusalém, que deixou seis mortos e foi reivindicado pelo braço armado do grupo islamista. Em mensagem conjunta com o ministro da Defesa, Israel Katz, Netanyahu disse que, após o ataque em Jerusalém, informou as agências de segurança israelenses para que se preparassem para a possibilidade de atacar os líderes do Hamas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Nesta tarde, diante de uma oportunidade operacional, em consulta com todos os responsáveis do setor de defesa e com pleno respaldo, o primeiro-ministro e o ministro da Defesa decidiram implementar a instrução dada na noite anterior às Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) e ao Shin Bet (serviço de inteligência interna), que a implementaram de maneira precisa e ótima”, explicou o escritório do premiê.
Netanyahu assumiu a total responsabilidade pelo ataque, que, de acordo com a rede de televisão Al Jazeera, aconteceu quando integrantes da equipe de negociação do Hamas estavam reunidos em Doha. O Catar é um dos principais intermediários e a reunião visava discutir a última proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos na Faixa de Gaza, que Israel declarou ter aceitado.
O primeiro-ministro e o ministro da Defesa israelenses afirmaram que o ataque foi “plenamente justificado” pelas “ações assassinas” ordenadas pelos líderes do Hamas após os ataques de 7 de outubro de 2023.
Na terça-feira, pouco antes da notícia do ataque no Catar ser divulgada, as Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, assumiram a responsabilidade pelo ataque da noite anterior contra indivíduos em um ponto de ônibus em Jerusalém, que resultou em seis mortes. O grupo afirmou em comunicado que o ataque demonstra que todas as “tentativas fracassadas de secar as fontes da resistência” por parte de Israel apenas causaram o “derramamento de sangue” de militares e “colonos criminosos”.
Leia também:

Mulher de ex-primeiro-ministro do Nepal sofre queimaduras em ataque à residência

Primeiro-ministro do Nepal pede demissão em meio a protestos

Bolsonaro: “Trump não tem medo de usar meios militares para proteger liberdade de expressão”, afirma Casa Branca
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O ataque israelense no Catar se verificou após o ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Saar, declarar que Israel aceitava a última proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, sob a condição de que todos os reféns no território sejam liberados e o Hamas desarmasse.
Com informações da EFE Publicado por Fernando Dias
Fonte por: Jovem Pan