A Nestlé Brasil e a Embrapa formalizaram um acordo de cooperação abrangente durante a COP30, que teve início em Belém. A iniciativa visa acelerar o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias sustentáveis para a produção agrícola e pecuária no Brasil.
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Essa parceria é estratégica para a Nestlé, que busca alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
Os primeiros projetos de pesquisa, sob este acordo, concentram-se nas principais cadeias de produção de ingredientes da Nestlé: leite e cacau. O objetivo comum é reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) nesses setores.
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Um dos projetos investigará o impacto das dietas de vacas em lactação sobre as emissões de GEE, buscando dietas que contribuam para a redução do carbono na pecuária. Outro projeto se dedicará ao desenvolvimento de sistemas agroflorestais (SAFs) mais eficientes na produção de cacau, utilizando o modelo de plantio sombreado recomendado pela Embrapa para a Amazônia, visando a descarbonização.
A colaboração entre a Nestlé e a Embrapa possui quase três décadas de história. Iniciativas anteriores, como o Programa de Boas Práticas em Fazendas de Leite (criado em 2006), estabeleceram padrões de higiene e qualidade em todo o país. Essa parceria é avaliada pelo Nestlé Institute of Agricultural Sciences (NIAS), inaugurado em 2023 na Suíça, para impulsionar pesquisas em agricultura regenerativa e adaptação climática.
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O aval do NIAS é fundamental para a meta da Nestlé de garantir que 50% das principais matérias-primas sejam provenientes de práticas regenerativas até 2030. A parceria conecta a ciência global da Nestlé à realidade brasileira, permitindo adaptação às condições tropicais e transferência de conhecimento para o campo.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, destaca que a união entre a Embrapa e a Nestlé demonstra a possibilidade de conciliar produtividade, competitividade e sustentabilidade, gerando valor para a sociedade e contribuindo para a agenda de descarbonização do país.