Nasry Asfura, um político e empresário da construção civil de 67 anos, foi eleito presidente de Honduras pelo Partido Nacional, conforme anunciado na quarta-feira, 24.

Esta foi a segunda vez consecutiva que ele concorria à Presidência do país. A autoridade eleitoral hondurana, a CNE, confirmou a vitória de Asfura, que obteve 48,5% dos votos, superando o candidato centrista Salvador Nasralla, que alcançou 39,5%.

Origens e Trajetória

Nasry Asfura nasceu em Tegucigalpa, em 8 de junho de 1958, em uma família de ascendência palestina. Ele estudou engenharia civil, mas não completou o curso. Durante a década de 1990, trabalhou em diversas administrações municipais, ganhando reputação por sua eficiência e discrição.

Também atuou como deputado e ministro de investimentos sociais.

Ascensão à Prefeitura de Tegucigalpa

Em 2013, Asfura tornou-se prefeito de Tegucigalpa e do distrito circundante. Sua popularidade cresceu com a execução de projetos de infraestrutura, o que lhe rendeu o apelido de “Papi, às ordens” por parte de sua equipe, que continuou a usar esse termo em sua campanha presidencial.

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Investigações em Andamento

Apesar de projetar uma imagem modesta e trabalhadora, com vestuário simples, Asfura está sendo investigado, juntamente com outros ex-funcionários de sua administração na capital, por suspeitas de envolvimento em um esquema de desvio de fundos públicos e lavagem de dinheiro.

Ele alega que as acusações têm motivação política e nega qualquer irregularidade.

Posicionamento Político e Controvérsias

Durante a campanha, Asfura afirmou que não representava a extrema-direita, defendendo a busca por um equilíbrio e enfatizando que as pessoas se importam mais com soluções do que com a ideologia política. Ele deverá assumir o cargo em 27 de janeiro para um mandato de 2026–2030.

Reações e Intervenção Internacional

Após a eleição, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, parabenizou Asfura e expressou o interesse dos EUA em colaborar para promover prosperidade e segurança em Honduras. A Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou preocupação com a falta de conclusão da recontagem completa dos votos.