O terceiro dia do SP Open iniciou-se em local distante das quadras do parque Villa Lobos. Na B3, a Bolsa de Valores brasileira, mercado de capitais e tênis se uniram pela primeira vez, comemorando a realização do maior torneio do esporte, feminino, no Brasil. Na cerimônia, que contou com a presença da brasileira já confirmada na chave principal do torneio, Luiza Fullana, participaram o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, o CEO da IMM, Alan Adler, e representantes do SP Open. O tradicional toque de campainha, que sinaliza eventos importantes na Bolsa, finalizou a cerimônia, simbolizando a conexão entre esporte e investimento, além do desenvolvimento econômico sustentável.

Na Villa Lobos, Naná Silva conquistou a vitória sobre Carol Meligeni de forma inesperada, classificando-se para a próxima fase em seu primeiro torneio de nível WTA. A vitória, que pode resultar em um aumento superior a 400 posições no ranking mundial, foi marcada por sua agressividade e determinação, com um resultado de 6 a 0 no terceiro set em uma hora e 49 minutos de jogo. Sorridente, Nauhany Silva destacou a relevância de vencer em um local já familiar à atleta. “Desde pequena jogo nessas quadras, então está sendo muito especial para mim. Eu não estava imaginando passar da primeira rodada”.

Após o desempenho de Nanã, alguns holofotes estavam direcionados à outra promessa do torneio, a filipina Alexandra Eala. Após conquistar o título do WTA 125 em Guadalajara, no México, a terceira cabeça de chave da representante brasileira participou da coletiva de imprensa, destacando a relevância do momento atual em sua carreira, a pressão do povo filipino e os aprendizados que adquire na Rafa Nadal Academy. “Aprendi muito durante meus anos na academia, especialmente porque passei toda a minha adolescência lá. Mas acredito que uma das coisas mais importantes que aprendi foi a ética de trabalho, mais do que a independência”.

Durante o início da noite, Ingrid Martins e Laura Pigossi decepcionaram os fãs que esperavam ver Bia Haddad em mais jogos ao longo do campeonato. Na primeira rodada de duplas que confrontou quatro brasileiras, a melhor do Brasil foi derrotada em conjunto com Ana Candiotto pelas medalhistas olímpicas por 2 sets a 0. Em parceria inédita, Bia incentivou Ana após a derrota. “Foi muito especial, a Aninha é uma menina que eu conheço há muitos anos. Além de ótima profissional, ela é muito especial para mim, pois a gente é amiga e foi muito legal dividir a quadra com ela no primeiro São Paulo Open”.

A outra brasileira que o público gostaria de acompanhar por mais tempo é Victoria Barros, jovem de 15 anos, que perdeu para a norte-americana Whitney Osuigwe por 2 sets a 0. Com a cabeça erguida e acolhida pela torcida, Victoria fez questão de ressaltar a importância do confronto. “É uma jogadora muito experiente, foi muito bom jogar com uma jogadora entre as 150 do mundo para ver meu nível. Preciso melhorar muita coisa, ainda sou muito nova”.

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Na terça-feira (10), Bia Haddad enfrenta novamente a italiana Miriana Tona, no último jogo da rodada na Quadra Central Maria Esther Bueno. Luiza Fullana, Laura Pigossi e Ana Candiotto também estreiam nas simples, enquanto Victoria Barros e Nana Silva jogam contra as norte-americanas Anna Rogers e a indonésia Janice Tjen.

Fonte por: Jovem Pan